Jump Remix Parte 4 (01/2004)

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Publicado em 10 de Janeiro de 2004
Jump Remix Parte 4 (Janeiro de 2004)
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Volume 27 do Jump Remix da Parte 4

Hirohiko Araki discutindo sobre Yoshikage Kira nos volumes 27 e 28 da Jump Remix da Shueisha de Diamond is Unbreakable. O volume 27 foi lançado em 10 de Janeiro de 2004,[1] e o volume 28 foi lançado em 26 de Janeiro de 2004.[2]

Entrevista

Parte 1

Antes de falarmos sobre o Kira, vamos falar sobre a cidade de Morioh.

Ela é modelada em referência à um novo desenvolvimento residencial construído perto de onde eu cresci. Antigamente, eu olhava para essas novas construções e sentia um tipo de ansiedade ao contrário de admiração. “Estava tudo realmente indo bem [lá]?”

Olhando de fora, você consegue ver todas essas luzes aconchegantes nas casas, mas você não tem ideia do que as pessoas estão fazendo lá dentro. Essas casas que pareciam as mesmas estavam sendo construídas e elas todas pareciam puras e felizes. Isso não te faz meio que sentir que um Kira talvez esteja (à espreita de] lá? (risos)

Com ‘Diamond is Unbreakable’ meu tema era construir uma cidade. Eu queria desenhar o humor e o medo que pode estar escondendo-se nos cantos da vida cotidiana. Até mesmo agora, talvez haja coisas bizarras acontecendo caso eu apenas mude meu ponto de vista.

Eu fui muito influenciado pelos romances de Stephen King. Eu estava os lendo bastante nos anos 80 e 90, mas eu gostei especialmente de ‘Louca Obsessão’. O palco é fixado e você continua se afundando mais e mais nele. Naquela época eu li muitos romances do King.

E também com a Parte 4, eu consegui trazer muitos de meus próprios gostos para a obra e isso foi divertido. Jogos, lojas, restaurantes italianos! Com a loja do Tonio, eu prestei bastante atenção no que eu estava desenhando até nas decorações. Foi ótimo trazer isso a obra também… A pesquisa também foi bem fácil—Eu só tive de ir de volta para casa em Sendai (risos) eu voltaria, tirava algumas fotos em lojas de lembrancinhas e desenhava tudo—todas dentro desde que não fosse advertido [por viagens triviais] é claro!

E também, o penteado do Josuke, até meu editor discordou dizendo algo do tipo ‘Porfavor desenhe um protagonista adequado para a época’. Mas eu achei que foi bom ele não ser. O jeito com o qual ele se importa com seu penteado, é bem como um ‘delinquente dos anos 70’s~80’ não é? Mas quando você vai ao interior, você às vezes vê gente assim (risos). Quando eu era um estudante, eu costumava ficar longe de pessoas assim porque elas me assustavam, mas agora é quase como se há algo cativante sobre eles.

Então parece que quando nós remixamos os mangás, haviam 7 volumes dedicados apenas ao Kira. Eu mesmo estava tipo ‘Uau, eu realmente desenhei isso tudo dele?’

Um dos temas de ‘Diamond is Unbreakable’ é que o horror pode estar bem atrás das nossas vidas cotidianas. O motivo pelo qual eu gostava de ler livros sobre assassinos em série nos anos 80—isso é bem antes de ‘O Silêncio dos Inocentes’ ser publicado e ele se tornou uma moda—e eu queria entender qual a motivação dos assassinos em série era. Por que você nasceria humano e faria coisas assim? Esses tipos de perguntas realmente me interessavam e eu achei as ações dessas pessoas assustadoras.

Então quando eu comecei a desenhar a ‘vida cotidiana’, eu tinha um presunção inicial de que um assassino em série seria o inimigo. Um tipo de inimigo diferente de ‘Stardust Crusaders’, do tipo que aguarda nas sombras. Os inimigos de ‘Stardust Crusader’ vinham correndo, mas [eu estava pensando sobre] um inimigo que te atraiaria para perto… Eu estava eventualmente pensando em desenhar em algo assim, mas eu não estava imaginando Yoshikage Kira como um personagem específico desde o começo.

Os primeiros inimigos eram inimigos de nível estudante como Okuyasu e Keicho, e também o guitarrista Akira Otoishi—no começo eu estava pensando de inimigos de nível estudante ou deliquente. O motivo por isso sendo que eu não queria fazer um tipo de ‘Grande inimigo’. Quando você cria um ‘Grande inimigo’ para ser superado, para ser o objetivo, os leitores não conseguem se focar em outra coisa além disso. Eu não queria que isso se tornasse uma fraqueza na obra. Para cada história que eu escrevi, eu queria que a atenção fosse posta no que está acontecendo agora.

Mas parece que os leitores de ‘Jojo’ queriam um tipo de ‘Grande inimigo’, eu acho que o DIO gerou um impacto muito forte… então quando parecia que o fim estava próximo, eu pensei no Kira.

O nome Kira vem claramente de ‘Killer’—então um assassino. É bem simples (risos) O nome ‘Yoshikage’… eu queria que os dois primeiros kanji de cada nome fossem os mesmos. Assim como com JoJo, né? Para que talvez ficasse fácil de se lembrar se eu o alinhasse em volta da letra ‘吉’. Isso é tudo. Mas soava correto.

Eu desenhei do ponto de vista de Kira em sua primeira aparição. Eu queria desenhar algo do ponto de vista de um antagonista. Até esse ponto, eu apenas desenhei os vilões do ponte de vista dos protagonistas—os vilões como vistos pelos protagonistas. Mas antagonistas também tem um ponto de vista próprio, e eu quis desenhar o que seu estado mental seria. Por que Kira comete assassinatos? E eu queria desenhar isso de uma forma em que ele continua um antagonista e não se torna um protagonista.

Então eu não quis fazer dele um personagem possível de se simpatizar com. Quando você lê sobre a juventude desses assassinos em série, você muitas vezes vê que eles viveram infâncias infelizes. Mas se você começar a desenhar isso, eles ficam inúteis como antagonistas. Então eu tive cuidado para remover essas partes o melhor possível quando construindo seu personagem. Isso requeriu um pouco de esforço.

Para o DIO, ele tinha uma fixação por se tornar um ápice sobre a humanidade, certo? Mas o Kira está em busca da verdadeira felicidade humana. Isso é por que ele odeia encrenca. Ele só quer viver uma vida em um mundo de seus próprios interesses, e é isso que o torna perigoso (risos). Mas ele talvez tivesse uma filosofia própria… Os inimigos até esse ponto como DIO e Kars estavam todos querendo o topo—talvez fosse simbólico da economia japonesa até aquele ponto, como a bolha econômica (risos). Naqueles dias, DIO talvez tivesse tido a mentalidade mais natural e você talvez inconscientemente simpatizasse mais com isso.

Quando eu estava desenhando o Kira, o que as pessoas estavam procurando por era tranquilidade. A ideia de que a felicidade não é sobre ficar acima dos outros. Os prêmios do Kira desde que ele estava no fundamental eram do 3° lugar. Não o 1° nem o 2°, e sim o 3°. Não é notável, mas ainda de se respeitar. Ele tem o potencial para se tornar o número 1. Mas se destacar, fazer inimigos, ser perseguido, sentir pressão, sentir expectavidades que ele não podia aguentar. Talvez tenha vários adultos que pensam assim, mas seria esquisito se alguém pensasse assim como uma criança, né? É muito mais fofo para crianças ficarem tipo ‘Eu vou ser o número 1!’. Esse tipo de anormalidade era o que eu queria desenhar, esse tipo de genialidade estranha.

Matar Reimi Sugimoto quando ele tinha 18 anos, esse foi o primeiro assassinato de Kira. É por volta dessa época que Jotaro e seus companheiros lutaram contra DIO. Talvez fosse um ano em que as estrelas se alinharam. Um ano fatídico. Josuke foi salvo pelo homem com o pompadour nesse mesmo ano, então várias coisas aconteceram.

Seu primeiro assassinato, foi provavelmente por impulso. Ele, por acaso, viu Reimi e se esncondeu em sua casa… e isso mudou seu destino. Se não fosse por esse incidente, ele talvez tivesse vivido uma vida feliz sem assassinatos, mas as estrelas o levaram para o caminho errado. E dali, você não pode mudar o destino. Seu primeiro assassinato continuou um mistério por bastante tempo. Você lê sobre assassinos em série e sobre como eles tem duzenas de corpos enterrados em baixo do piso. Você se pergunta como isso acontece sem ser descoberto, e isso é bem assustador, não é? Talvez seja por uma indiferença pelos vizinhos… Com esse primeiro assassinato, Kira se tornou destinado a matar 48 pessoas.

Parte 2

O passado de Kira de guardar suas unhas… isso foi inspirado por uma história da vida real de alguém que preservava suas unhas para monitorar seu próprio estado e níveis de estresse. Essa pessoa não é uma assassina em série (risos). Essa história das unhas era interessante, e eu lembro dela. Parecia algo que o Kira faria… ‘Quando minhas unhas crescem x milímetros, eu estou ótimo!’ ‘Isso é quando eu nunca poderei ser pego!’ Eu sinto que eu faço algo parecido… Eu meço minnha pressão sanguínea e leio meu estado através ela. As vezes eu me sinto invencível quando as leituras estão boas. Talvez hajam atletas que também fazem isso… não com unhas é claro. Kira só faz uma versão meio-macabra disso (risos).

Agora sobre a família do Kira, você lembra daquela cena onde você vê uma foto da família do Kira? Eu pensei bastante nisso. Não é uma família com uma aparência divertida, mas também parece meio pacífica… e isso é assustador. O pai e a mãe parecem próximos um ao outro, mas também distantes. Eles também provavelmente nunca tiveram uma grande briga. Quando você lê sobre a vida de um assassino em série, você sente arrepios quando vê uma foto dele como uma criança. Eu queria imbuir aquela foto com um pouco desse sentimento.

Agora o pai de Kira, ele era uma pessoa estranha. Não bem um criminoso, mas considerado estranho. Ele provavelmente sabia que seu filho era um assassino e foi em frente em cobrir seus crimes. Mas é claro, que o pai do Kira foi ao Egito e obteve o arco e flecha de Enya para proteger seu filho. Bem por volta desse tempo, DIO estava procurando por aliados por todo o mundo e pai de Kira era um daqueles aceitos como tendo potencial por ele. O mesmo para o pai do Okuyasu. Pessoas que foram encontradas por DIO por todos lugares do mundo, e mesmo dentre eles, o pai de Kira e Okuyasu talvez tivessem recebido atenção extra já que eles estavam no Japão junto de Jotaro. Para a mãe, eu não desenhei nada sobre ela, mas eu acho que ela talvez tivesse feito um tipo de ‘mimo abusivo’ com Kira. Isso seria assustador, né?

Mesmo agora, eu me pergunto se eu deveria ter desenhado o relacionamento de Kira com seus pais com mais profundidade. Mas eu tive de cortar com muita relutância… ou talvez eu deveria dizer que não tive a coragem de desenhar isso. Como eu disse antes, eu não quis detalhar muito o passado de Kira. Eu não queria que os leitores olhassem para Kira e seu pai e pensassem ‘esses personagens são na verdade bem tristes’. Eu desenhei o estado mental de Kira enquanto matando, mas se eu começasse a me aprofundar nos motivos fundamentais pelos quais ele mata, Kira se torna meio que um personagem compreensivo… se você começa a simpatizar com o Kira, isso não é realmente apropriado para um mangá shonen. Eu não queria que os leitores sentissem empatia. Essa talvez fosse a coisa mais difícil sobre desenhar o Kira. Embora eu ache que eu talvez fosse capaz de adicionar outros dois ou três volumes se eu começasse a me aprofundar no estado mental do Kira, suas motivações e relacionamento com seus pais.

Eu sou muito interessado em relacionamentos familiais… a linhagem Joestar é sobre famílias também no final de tudo. Quando eu desenho um personagem, eu começo a me perguntar sobre seus pais ou parentes. Talvez seja porque eu fui bem influenciado pelos meus pais e irmãs. Quando eu sigo esse caminho, quando você desenha um antagonista eu começo a me perguntar que influências ele recebeu da família dele. Mas se você começa a se aprofundar no passado dessa pessoa, você começa a sair do tema. Tem um limite para o que você pode desenhar. Até mesmo DIO teve bastante influência de seu pai. Mas porque isso é um mangá serializado semanalmente, é sempre difícil decidir como cortar isso. Quero dizer, você tem 19 páginas para desenhar em uma semana. Não tem espaço mesmo. Você basicamente tem que pegar uma ideia e ir com ela. Mas ainda isso não cabe, e então eu tenho que dar duro sobre como eu poderia comprimir duas páginas em uma só…

Kira foi encurralado uma vez e teve de fugir. Algumas pessoas pensaram que isso sria o fim da Parte 4, mas eu sempre planejei em revivê-lo. Sua fuga é equivalente a resurreição de DIO. Você pensa que ele perdeu, mas então ele surge novamente… por volta de lá eu realmente senti um tipo de vitalidade dele. Um tipo de vitalidade diferente da de DIO. A de DIO é meramente uma vitalidade biológica, mas Kira foi capaz de entrar em um mundo de um tipo de força espiritual ou mental. Nesse ponto, Kira venceu Josuke e seus amigos em termos de força espiritual. É por causa dessa ressurreição que Kira se tornou um ótimo antagonista. Se ele tivesse desistido ali, ele seria sem graça.

Eu não pensei mesmo sobre o Cinderella para mudar sua aparência. Quando ele foi encurralado eu tive que pensar duramente sobre como o Kira escaparia, e um raio me acertou e eu percebi ‘ei, eu poderia só usar o Cinderella sobre o qual eu escrevi no último capítulo!’. Eu estou basicamente pensando em um intervalo semana-por-semana e nunca sobre o que acontece depois disso. Eu não sei sobre os mangás da Jump nos dias de hoje, mas é tudo sobre como eu deixo essa semana interessante para mim. Eu também gostei da parte depois dessa onde Kira vira um ‘pai’ como Kosaku Kawajiri. Tem um romance do P.K. Dick sobre um alienígena fingindo ser o pai em uma família; eu queria desenhar algo assim. Só o filho sabe que ele é um alienígena… esses tipos de histórias são divertidos. Esses capítulos são escritos do ponto de vista do filho Hayato Kawajiri, e eu acho que foi bom para mudar o ritmo. Depois disso você tem algumas histórias do ponto de vista do Kira e você vê que a esposa está se apaixonado por Kira. Eu acho que é plausível que você passe a amar alguém se eles mudassem de verdade, mas se apaixonar por um assassino em série, isso é meio anormal também e bom.

No final, o filho descobre seu segredo e Kira descobre uma nova habilidade. Isso é uma extensão de sua ressureição. É impossível durar em JoJo com a mesma habilidade, então você tem que evoluir. O jovem que se desenvolve em algo maior é um arquetipo comum em shonens. É uma das coisas que eu sinto que são ‘obrigatórias’ em uma história. Josuke e Jotaro são meio que personagens ‘completos’ então é difícil desenhar uma cena de desenvolvimento para eles, mas o Koichi-kun e o Hayato Kawajiri combinam com esse tipo. Ver Kira também crescer em contraste a eles é uma maneira atípica de cumprir um estereótipo de shonen.

Sobre a habilidade ‘Bites the dust’. Quando você começa a saber sobre o tema de tempo ou melhor viagem no tempo tem várias variações com as coisas você pode se aprofundar como parar o tempo, voltar no tempo… Então é meio que eu reciclando ideias que eu não pude usar para o DIO. Eu gosto da ideia de manipulação temporal. Eu fiz algo do tipo com ‘Vento Aureo’ e ‘Stone Ocean’.

Escrever os capítulos do ‘Bites the Dust’ foi divertido. Foi como eu estivesse montando um quebra-cabeças ou construindo um jogo. Mas por causa do tempo ter sido incrementado tantas vezes, eu fiquei preocupado com a compreensão dos leitores. Eu disse isso antes também, mas dado que eu só tenho 19 páginas por semana, eu comecei a me perguntar se isso era apropriado para um mangá semanal. Uma serialização semanal tem de construir uma tensão na história dentro desses 19 minutos e continuar na próxima semana. É bastante trabalho, mas eu vejo essas como as regras com as quais eu tenho que trabalhar dentro de.

No final, Kira morre depois de ser atropelado por uma ambulância, e seu rosto foi obliterado e ninguém pôde saber quem ele era.

Com ‘Diamond is Unbreakable’ … com a cidade de Morioh, eu quis prendê-la em um mundo de ‘eternidade’. Como, a esposa ficaria feliz se ela soubesse que seu marido não é mais a mesma pessoa? Se ela percebesse, seria meio entediante, certo? Então eu fiquei tranquilo com esse estado continuar para sempre e nenhuma resposta ter sido dada. Dentro de mim mesmo, Morioh continuará para sempre nesse estado. O que acontecerá a Josuke depois da série? Eu não penso nem um pouco sobre isso. Morioh é ‘eterna’.

Eu também desenhei Kira em um spinoff chamado ‘Deadman’s Q’. Ser preso em um mundo ‘eterno’ com sua alma sendo incapaz de ir ao céu ou ao inferno, eu pensei que seria um tipo de sofrimento ou punição também. O mesmo acontece ao Diavolo em ‘Vento Aureo’, mas talvez seja uma punição ser preso dentro da eternidade. No comentário para a coleção histórias curtas [‘Under Execution, Under Jailbreak’] eu escrevi que eu estava chorando enquanto desenhava a história (risos). Eu estava bastante investido no Kira. Eu quase entendi seus sentimentos, se apenas ele não tivesse cometido assassinatos… eu não desenhei isso na época, mas pensando agora eu sinto que ele talvez fosse uma pessoa com o peso de uma tristeza também. De todos os vilões que eu desenhei até agora, Kira é o meu favorito. Eu gosto do DIO também… mas mais do que o DIO. Porque ele estava buscando uma vida quieta e não era um personagem que você veria com frequência em um mangá shonen, eu fiquei muito investido.

[Originalmente traduzido para o inglês por ???][3] [Traduzido do inglês para o português por Soxz]

前編

吉良を語る前に、まずは杜王町について話しましょうか。

モデルは僕が子供の頃暮らしていたところの近くにできた新興住宅地です。

僕はそこに素敵さよりも不気味さを感じたんですよね。

「大丈夫かなあ」っていう。

みんな幸せそうな電気の光とかが見えるけど、でも家の中では何してるのかわからない。

同じ様な家が建ってて、綺麗で、幸せそうなんだよね。

そこがまた、吉良がいるという感じなんだよなあ(笑)。

『ダイヤモンドは砕けない』には、街を作ろうというテーマがあったんです。

日常の隣りに潜むユーモアだとか、不気味さだとか、そういうところを描きたかった。

自分の周りにも、視点を変えればおかしな所もあるかも知れない。

スティーブン・キングの小説の影響も大きいですね。

八〜九十年代に読んでたんですが、特に好きなのは『ミザリー』。

舞台が限定されてて、深く深く描いていくような感じ。

あの頃のキングは一気に読みましたね。


 それと第四部では、かなり自分の趣味とかも入れられて楽しかったですね。

ゲームだとか、お店だとか、イタリアンレストランとか!

トニオの店は、置物までこだわって描いていたからね。

そういうのが入れられたんで・・・。

取材も、仙台に帰ればいいだけで(笑)、土産物屋とか写真を撮ってきて、怒られない程度に描いてました!


 あと仗助のヘアスタイルはね、編集にも「今時こういう主人公やめて下さいよ」みたいなこと言われたんですよ。

でも逆に、いいんじゃないかな・・・と。

髪型にこだわってるところが‘70〜‘80年代の不良ですよね。

でも田舎に帰るとたまにいるんだよね、あれが(笑)。

学生時代はちょっとやばいなと思って近寄らなかったけど、今見ると微笑ましい感じがするんだよね。


 リミックスにすると、吉良のエピソードだけで7冊ぐらいあるそうで「そんなに描いた? へえ〜」っていう感じですね。

『ダイヤモンドは砕けない』で”日常の裏に潜む恐怖”をテーマにしたのは、‘80年代ぐらいから、殺人鬼の本とか読むのがすごい好きだったからで、『羊たちの沈黙』が出版される前で、またブームになる以前から、殺人者たちの動機が知りたくて注目していたんです。

人間として生まれて、なんでこういうことするのかな、みたいな。

そういうのがすごい好きだったし、そういう人の行動も不気味だった。

だから日常を描こうとした時に、そういう殺人鬼が敵になるんだろうな、というのは最初に考えてました。

その前の『スターダスト・クルセイダーズ』の敵とはまったく違った、待ってるタイプっていうか。

『スターダスト・クルセイダーズ』の敵っていうのは、襲いかかってくる奴らですけど、誘い込むようなタイプっていうか・・・そのうち出そうとは思ってましたけど、最初から、吉良吉影という具体的な人物が存在していたわけではないんです。

最初は学生レベルというか、億泰や形兆、あとギターの音石明みたいな・・・そういう学生レベル、ヤンキーレベルの敵を最初に考えていました。

それは、最大の敵というのを作らないようにしたかったんですよ。

倒さなければいけない、目的となるような強い敵を出しちゃうと読者はみんなそっちにばかり興味がいくんですよね。

だからその欠点を補うために出したくなかった。

いつでも現在やってる話に注目させたかった。

だけどやはり『ジョジョ』の読者っていうのは、そういう最大の敵みたいのが欲しいみたいでね、DIOが強烈すぎたのかなぁ・・・ということで、終盤も近くなって来たのかな? と思った時に吉良を考えて出しました。

吉良という名前は”キラー”=殺人者からですね。

わかりやすいですけど(笑)

名前の吉影は・・・僕って頭文字が揃うのが好きなんですよ。

ジョジョもそうですしね。

だから”吉”で合わせたら覚えやすいかなという、それだけの理由です。

でもなんか、ピッタリきましたよね。


 最初の登場は、いきなり吉良の視点から始めました。

敵側の視点から描きたかったっていうか、やはりこう、今までの話って悪役っていったら主人公から見て悪役だったと思うんですよね。

でも敵の立場もあるわけで、敵の心理状態というか、そういうのが描きたかったんです。

吉良がなぜそんな殺人を犯すのかち?しかも主人公としてじゃなくて悪役として描きたかった。

だからあまり同情されるようなキャラクターにはしたくなかった。

よくこういう殺人者たちの生い立ちとか読んでいると、やはり少年時代が不幸だったとか、色々あるんですよ。

だけどそういうところを描いちゃったら、敵にならないなと思ったんですよね。

だからなるべくカットするようにしてキャラクターを作っていきました。

そこにはちょっと苦労しましたけど。


 DIOは人間の頂点を目指していくっていうのがありましたよね。

でも吉良っていうのは、本当の人間の幸せを追い求めてる人なんですよ。

だからトラブルが嫌いなんです。

で、自分の趣味の世界だけに生きていたいっていうか、そこがまた危ないというか(笑)。

でも、彼なりの哲学がちょっとあるかな・・・。

これまでの敵は、DIOも、カーズも、頂点志向で、日本経済にちょっと象徴されてるところがあるかも知れないけど、バブル経済みたいなね(笑)。

そういう時は、DIOだったのかなって思うし、無意識のうちにそういうものを求めてるのかも知れないですよね。

吉良を描いていた時代には、やはり平穏が求められていたんですよね。

幸せっていうのは、人間の頂点に立つことではないという。

吉良は中学校時代から表彰状が全部三位。

一位でも二位でもなく三位。

目立たないけど手堅いところにいつもつけている。

本当は、一位を取れる才能を持っていたんですよ。

だけど目立ったりとか、敵が増えたりとか、追いかけられたりとか、プレッシャーとか、人に期待されたりとか、そういうのがまったくダメなヤツなんですよ。

大人でそう考える人はいると思いますけど、小中学生の頃からそんなこと考えてるのって何か怖いよね(笑)。

「俺は一番を取るんだぁッ!」って方がまだかわいげがある。

そこにちょっと異常な感じとか、普通とは違った天才みたいなものを描きたかったんですよ。


 18歳の時に杉本鈴美を殺したのが、吉良の最初の殺人なんです。

あれがね、ちょうど承太郎たちがDIOと戦ってた時期と一致するんですよね。

だから何かそういう、星回りじゃないけど、星の動きみたいなのがある年だった。

運命の年なんですよ。

仗助も瀕死でリーゼントの人に助けられたし、何かそういうのがあるんです。

やはり最初の殺人は衝動的なものだったんでしょうね。

偶然鈴美を見かけて、家に忍び込んで・・・そこで運命が変わっていく。

もうそこさえなければ、殺人も知らずに幸せになったヤツなのかもしれないけど、運命の星回りで、我を忘れてしまった。

やっぱりその因縁が消せないわけですね。

そして最初の殺人がずっと長い間発覚しなかった。

殺人鬼の本なんか読んでると、縁の下に何十体という死体があったりとかするんですよ。

よく見つからないな、と思いますけど。

そういうのが怖いですよね。

近所の人の無関心みたいなのもあるだろうしね・・・。

その最初の殺人があったから、吉良は48人も殺してしまったというわけです。

後編

−−−前回に引き続き、荒木飛呂彦について語っていただこう。

まずは、吉良の特殊な趣味(?)のお話から・・・。


吉良が自分の爪を瓶の中に残していた・・・という設定は、自分の体調とかストレスとかを見るために、切った爪を保存している人が実際にいる、というのを何かで見て、そこから思いついたんです。

その人は殺人鬼ではないんですが(笑)

この爪の話は興味があって、なんか覚えていたんですよ。

で、吉良はそんなことやりそうだな・・・と「爪が何ミリ以上伸びた時は絶好調!」「こういう時期は絶対に捕まらない!」って。

自分にも、ちょっとそういうところがあるかも知れない・・・血圧の記録をつけたりして、その記録から隊長を判断して「今は何があっても大丈夫!」とか思ってます。

スポーツ選手とかでもやってる人はいるんじゃないかなあ・・・爪じゃないけどね。

吉良はそういうののちょっと不気味版という(笑)


次は吉良の家族についてですが、家族の写真が出て来るところがあるでしょ、あれはちょっと思いを込めて描きました。

楽しそうじゃない家庭なんだけど、何か穏やかそうでもあるし・・・それがまたちょっと不気味・・・みたいな。

父親と母親は仲良さそうにも見えるし、そうでもないようにも見える。

でも派手な喧嘩はしてなさそう。

犯罪者の生い立ちとか書いてある本を読んでいると、チラっと載っている子供時代の写真とかが不気味な時があるんですよね。

そういう思いを込めて、あの吉良の家族を描きました。


そして吉良の父親ですが、ちょっとおかしな人で、犯罪者までいかないまでも・・・変わり者だった。

息子が殺人者だというのは知っていて、その犯罪を隠してたんでしょうね。

もちろん吉良の父親は、息子を守るためにエジプトへ行ってエンヤ婆から弓と矢を手に入れた。

ちょうどその頃、DIOは世界中から仲間を探していた時期で、吉良の父親はその時に才能が認められた奴のひとりなんですよ。

億泰の父親もそのひとり。

そういうDIOに認められた奴が世界中に結構いて、その中でも、日本には承太郎がいたために、吉良の父親や億泰の父親は特に目を付けられていたのかも知れないですね。

母親については何も描いていないんですが、やっぱり可愛がりすぎる虐待、みたいなものを吉良にしていたんじゃないかなと思います。

またそれも怖いでしょう?


吉良家の親子関係みたいなものも深く描くべきだったのかな、と今でも思います。

でも、泣く泣くカットしたっていうか、描く勇気がなかったっていうのか、そういう感じです。

さっきも言った通り(前巻掲載の前編参照)、吉良の過去はあまり描きたくなかったんです。

読者が吉良や吉良の父親に対して「この人は本当は悲しい奴なんだな」と思わせないようにしたかった。

吉良が殺人を犯す心理状態は確かに描いてましたけど、根本的な動機みたいなところまで描いたら、吉良が可哀想な奴になっちゃう・・・ていうか、吉良に感情移入しちゃう

と、少年マンガとしては違うかな・・・と。

やっぱり、読者には同情してほしくなかったんですね。

その辺が吉良を描く時に、苦労したところかもしれない。

吉良の心理状態や動機、親子関係をもっと描いていたら単行本があと2、3巻分は増えたかもしれないですけどね(笑)。


やはり家族関係って興味があって・・・ジョースター家の血筋っていうのも家族関係ですしね。

キャラクターを描く時って、両親とか兄弟って気になるんですよね。

まあ自分が、かなり両親や兄弟の影響を受けたからっていうのがあるかも知れないですけど。

そう考えていくと、悪役を出しただけで、その悪役は家族の誰かからの影響を受けてるのかな? とかって思っちゃうんですよね。

でもその人物の背景を描いちゃったらテーマから外れていくとか、色々あって・・・。

描こうと思ったらホントに一杯あるんですよね。

DIOにも、父親からの影響があったみたいにね。

でも週間連載の漫画ですから、その辺のカットのし具合がいつも悩むところです。

何と言っても毎週19ページしかないですから。

本当に分量がないんですよ。

基本はワンアイデアですよね。

それでも入らなくて、どうやって2ページ詰めようか・・・と、いつも必死に考えたりしてます。


吉良が1回追い詰められて逃げる展開になったじゃないですか。

あれで第4部終了か、みたいに思われてたみたいですけど、復活は絶対させようと思っていました。

あの逃げるっていう感覚が、DIOの再生と同じだと思うんですよね。

1回負けるかな? と思わせながら復活して来る・・・あの辺はね、描いていてホント、奴の生命力っていうかそういうのを感じましたね。

DIOとは違った生命力。

DIOはあくまで肉体的な生命力だけど、吉良は精神の世界、精神的な強さという世界に入れたな、と思いました。

あそこで、吉良は精神的に仗助たちに勝っていたと。

吉良があんなにスゴイ敵になったのは、あの復活があるからですね。

あそこで諦めたら駄目だったんですよ吉良は(笑)。


シンデレラを利用して入れ替わるというのは、全然考えてなかったんですよ。

仗助たちに追い詰められて、どうやって逃げ延びさせようかと必死に考えて「あ、そういえば前回出したシンデレラが使えるんじゃないか!」って思いついた。

基本的にはいつも、週間単位で考えていますから、その先のことはいつも考えていません。

最近のジャンプマンガはどうなのか知りませんけど、基本はいつその週をいかに盛り上げるかを考えて描いているんで

で、その後吉良が川尻浩作になりすました「お父さん」になるところも気に入っていてね。

P・K・ディックの小説だったかな? 宇宙人がお父さんになっていたという話があるんですけど、ああいうのを描きたかったんですよ。

息子だけが「こいつは宇宙人だ」って知ってるんだけど・・・何か好きなんだよね、そういうの(笑)。

あの辺は息子の川尻早人の視点になっていて、展開が変わって良かったんじゃないか、と僕は思ってるんですけど。

その後、また吉良の視点からの話になったり、あの奥さんがだんだん吉良を好きになっていく展開とか。

人間が変わってるんだから、そりゃ惚れることもあるだろうとは思うんですけど、殺人鬼に惚れるというのがね、あの辺もまた異常でいいかもなあって思ってますそして最後に息子に気付かれて、新しい能力が出てくる。


そこもやっぱり再生の延長線ですね。

同じ能力でずっと続くのは『ジョジョ』ではあり得ないことっていうか、そういう前提があるので、パワーアップしなきゃいけないんですよね。

少年が成長していく過程を描くっていうのは、少年マンガの王道でしょ。

そういうのを「外したくない」っていうのはいつもあります。

仗助とか承太郎っていうのは、すでに出来上がってるところがあって、なかなか成長シーンを入れにくい感じがあるんですけど、康一くんとか、川尻早人とかは成長していってますよね。

それと同じように吉良も成長していくというのが、ちょっと異色な少年マンガの王道をいっていますね(笑)。


バイツァ・ダストの「時間が戻る」というのは、やっぱり時間テーマっていうか、タイムトラベルテーマを考えていくと、「止める」だとか「戻す」だとか、そういう風な考え方の発展形として、バリエーション出来るんですよ。

DIOの時に描ききれなかった部分を、次の時にやっているという感じです。

好きなんですよね、時間テーマって。

『黄金の風』でも『ストーン・オーシャン』でもやりましたけど。


バイツァ・ダストの話は描いてて面白かったですよ。

パズル的で、ゲームを作ってるような感覚がありましたね。

でも何度も同じ時間を繰り返してるんで、「読者がきちんと読んでるのかな」って描いててすごい不安になった(笑)。

さっきも言いましたけが、毎週19ページの枠の中で描いてるんで「これ週刊マンガとして大丈夫なのかなあ」ってふと思ったりもしました。

やっぱり週刊連載は、ソノ19ページで盛り上げて、次の週に引かなきゃいけませんからね。

大変だけど、そういうルールがあると思って描いてます。


吉良は最期、救急車に轢かれて死んだんですが・・・顔を敷かれて、誰が解らなくなって。

何か『ダイヤモンドは砕けない』は・・・・・・杜王町は「永遠」の世界に閉じ込めたかったんだよね。

もし夫が別人だったとわかっても奥さんとかは幸せなのかな?と思って。

もし別人だと分かってしまったら、ちょっとつまらない感じもあるじゃないですか。

だから、いつまでもあの状態で、わからないままでいいのかな・・・という。

杜王町は、僕の中ではずっとあのままです。

だから仗助があの後どうなったか、とかもまったく考えていないです。

「永遠」の杜王町ですから。


その後に描いた『デッドマンズQ』の吉良というのは、あれはまた外伝で(笑)。

「永遠」の世界というか、ずっと魂が天国にも地獄にも行けない、そういう苦しみもあるのかな、それが罰だって言うかね・・・『黄金の風』のディアボロの最期もそうでしたけど、永遠に閉じ込められるのは、ひとつの罰の方法かも知れないですね。

『デッドマンズQ』は「描きながら涙が出てきた」と短編集(『死刑執行中脱獄進行中』)のあとがきに書いたんですよ(笑)。

吉良にはかなり思い入れがありましたから。

殺人さえ犯してなければ気持ちはすごい分かるっていうか・・・ちょっとね、当時は描かなかったけれども、改めて考えると「悲しみ」みたいなものを背負った人なのかなって思います。

これまで登場させた悪役の中では吉良が一番好きなんですよね。

DIOも好きですけど・・・DIOよりも。

「平穏に暮らしたい」っていう、普通の少年マンガには無いようなキャラクターだからこそ、思い入れが深かったですね。

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