Vol. 16 do Bunko de Steel Ball Run (01/2018)

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Publicado em 18 de Janeiro de 2018
Vol. 16 do Bunko de Steel Ball Run (Janeiro de 2018)
Arquivo de Entrevistas

Vol. 16 do Bunko de Steel Ball Run

O posfácio de Hirohiko Araki, escrito no volume final da versão Bunkoban de Steel Ball Run em 18 de Janeiro de 2018.

Entrevista

No final do Volume 1 dessa edição de Steel Ball Run, eu compartilhei algumas memórias que englobavam a obra JoJo's Bizarre Adventure por inteiro. Como tal, eu quero agora focar em escrever algo mais específico sobre seus finais.

Isso pode parecer óbvio quando criando um mangá, mas entre escrever, pesquisar, ansiedades pessoais, etc...o começo da serialização de um mangá pode ser um cometimento bastante desafiador.

Vai depender da obra, mas há certas vezes onde o departamento editorial ou o próprio autor do mangá irá querer que a obra chegue à algum tipo de conclusão. Mesmo se esse for o caso, pedidos da audiência podem tornar difícil para um autor escrever aquela palavra de encerramento, "Fim." Durante esse tempo, sempre foi necessário para nós autores nos separarmos dos personagens que acompanharam nossa história, aqueles pelos quais nós nos apegamos com o passar dos dias, aqueles com os quais nós compartilharmos muitos momentos importantes. Similarmente, também é necessário deixar para trás o ambiente e o mundo que nós criamos e construímos. Pelo outro lado, nós não podemos abandonar as respostas por trás dos mistérios principais ou os destinos de nossos personagens. Nós devemos fechar as cortinas da melhor maenira possível. “Isso satisfará os leitores?” Esse tipo de dúvida gera ansiedade e um tipo de ansiedade e um certo sentido de importância. Mesmo depois que nós finalmente terminamos de desenhar, há uma certa sensação que nada mais resta e você passa a se perguntar: “O quê eu faço agora?!” Isso também acontece com o final de um mangá serializado.

Ele também pode deixar um final forte como nesse caso, mas com essa obra e a terceira parte de JoJo, Stardust Crusaders, eu escolhi uma estrutura de enredo que tinha uma linha de chegada muito óbvia e os leitores estariam cientes do fato de que uma conclusão seria inevitável. Então, sem um sentido de perca ou desespero, o encerramento não foi nada além da melhor maneira de concluir uma jornada e então dessa maneira eu pude terminar como necessário. Quando eu cheguei à linha de chegada dessas obras, eu havia apenas a sensação de ter completado uma tarefa e obtido um bom resultado, e isso me deu um sentimento de gratidão.

Uma das cenas finais de Steel Ball Run que eu particularmente gostei de desenhar foi aquela em que Johnny e Gyro contam seus seredos pessoais um ao outro e Gyro revela ao seu amigo seu nome verdadeiro, enquanto Johnny conta a ele sobre seu fetiche. Essas foram apenas futilidades, mas pode um segredo se tornar eterno? Ou, se um sobrevive, esse segredo continuará a viver em nossos corações? Enquanto eu estava criando esses quadrinhos, eu me encontrei chorando.
—Hirohiko Araki

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