Jump Remix Parte 4 (01/2004)
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COSMOPOLITAN (Julho de 2003)
Bleu Vague (Janeiro de 2004)
Hirohiko Araki disctuindo Yoshikage Kira dos volumes 27 e 28 da Jump Remix da Shueisha de Diamond is Unbreakable. O volume 27 foi lançado em 10 de Janeiro de 2004,[1] e o volume 28 foi lançado em 26 de Janeiro de 2004.[2]
Entrevista
Parte 1
Antes de falarmos sobre o Kira, vamos falar sobre a cidade de Morioh.
Ela é modelada em referência à um novo desenvolvimento residencial construído perto de onde eu cresci. Antigamente, eu olhava para essas novas construções e sentia um tipo de ansiedade ao contrário de admiração. “Estava tudo realmente indo bem [lá]?”
Olhando de fora, você consegue ver todas essas luzes aconchegantes nas casas, mas você não tem ideia do que as pessoas estão fazendo lá dentro. Essas casas que pareciam as mesmas estavam sendo construídas e elas todas pareciam puras e felizes. Isso não te faz meio que sentir que um Kira talvez esteja (à espreita de] lá? (risos)
Com ‘Diamond is Unbreakable’ meu tema era construir uma cidade. Eu queria desenhar o humor e o medo que pode estar escondendo-se nos cantos da vida cotidiana. Até mesmo agora, talvez haja coisas bizarras acontecendo caso eu apenas mude meu ponto de vista.
Eu fui muito influenciado pelos romances de Stephen King. Eu estava os lendo bastante nos anos 80 e 90, mas eu gostei especialmente de ‘Louca Obsessão’. O palco é fixado e você continua se afundando mais e mais nele. Naquela época eu li muitos romances do King.
E também com a Parte 4, eu consegui trazer muitos de meus próprios gostos para a obra e isso foi divertido. Jogos, lojas, restaurantes italianos! Com a loja do Tonio, eu prestei bastante atenção no que eu estava desenhando até nas decorações. Foi ótimo trazer isso a obra também… A pesquisa também foi bem fácil—Eu só tive de ir de volta para casa em Sendai (risos) eu voltaria, tirava algumas fotos em lojas de lembrancinhas e desenhava tudo—todas dentro desde que não fosse advertido [por viagens triviais] é claro!
E também, o penteado do Josuke, até meu editor discordou dizendo algo do tipo ‘Porfavor desenhe um protagonista adequado para a época’. Mas eu achei que foi bom ele não ser. O jeito com o qual ele se importa com seu penteado, é bem como um ‘delinquente dos anos 70’s~80’ não é? Mas quando você vai ao interior, você às vezes vê gente assim (risos). Quando eu era um estudante, eu costumava ficar longe de pessoas assim porque elas me assustavam, mas agora é quase como se há algo cativante sobre eles.
Então parece que quando nós remixamos os mangás, haviam 7 volumes dedicados apenas ao Kira. Eu mesmo estava tipo ‘Uau, eu realmente desenhei isso tudo dele?’
Um dos temas de ‘Diamond is Unbreakable’ é que o horror pode estar bem atrás das nossas vidas cotidianas. O motivo pelo qual eu gostava de ler livros sobre assassinos em série nos anos 80—isso é bem antes de ‘O Silêncio dos Inocentes’ ser publicado e ele se tornou uma moda—e eu queria entender qual a motivação dos assassinos em série era. Por que você nasceria humano e faria coisas assim? Esses tipos de perguntas realmente me interessavam e eu achei as ações dessas pessoas assustadoras.
Então quando eu comecei a desenhar a ‘vida cotidiana’, eu tinha um presunção inicial de que um assassino em série seria o inimigo. Um tipo de inimigo diferente de ‘Stardust Crusaders’, do tipo que aguarda nas sombras. Os inimigos de ‘Stardust Crusader’ vinham correndo, mas [eu estava pensando sobre] um inimigo que te atraiaria para perto… Eu estava eventualmente pensando em desenhar em algo assim, mas eu não estava imaginando Yoshikage Kira como um personagem específico desde o começo.
Os primeiros inimigos eram inimigos de nível estudante como Okuyasu e Keicho, e também o guitarrista Akira Otoishi—no começo eu estava pensando de inimigos de nível estudante ou deliquente. O motivo por isso sendo que eu não queria fazer um tipo de ‘Grande inimigo’. Quando você cria um ‘Grande inimigo’ para ser superado, para ser o objetivo, os leitores não conseguem se focar em outra coisa além disso. Eu não queria que isso se tornasse uma fraqueza na obra. Para cada história que eu escrevi, eu queria que a atenção fosse posta no que está acontecendo agora.
Mas parece que os leitores de ‘Jojo’ queriam um tipo de ‘Grande inimigo’, eu acho que o DIO gerou um impacto muito forte… então quando parecia que o fim estava próximo, eu pensei no Kira.
O nome Kira vem claramente de ‘Killer’—então um assassino. É bem simples (risos) O nome ‘Yoshikage’… eu queria que os dois primeiros kanji de cada nome fossem os mesmos. Assim como com JoJo, né? Para que talvez ficasse fácil de se lembrar se eu o alinhasse em volta da letra ‘吉’. Isso é tudo. Mas soava correto.
Eu desenhei do ponto de vista de Kira em sua primeira aparição. Eu queria desenhar algo do ponto de vista de um antagonista. Até esse ponto, eu apenas desenhei os vilões do ponte de vista dos protagonistas—os vilões como vistos pelos protagonistas. Mas antagonistas também tem um ponto de vista próprio, e eu quis desenhar o que seu estado mental seria. Por que Kira comete assassinatos? E eu queria desenhar isso de uma forma em que ele continua um antagonista e não se torna um protagonista.
Então eu não quis fazer dele um personagem possível de se simpatizar com. Quando você lê sobre a juventude desses assassinos em série, você muitas vezes vê que eles viveram infâncias infelizes. Mas se você começar a desenhar isso, eles ficam inúteis como antagonistas. Então eu tive cuidado para remover essas partes o melhor possível quando construindo seu personagem. Isso requeriu um pouco de esforço.
Para o DIO, ele tinha uma fixação por se tornar um ápice sobre a humanidade, certo? Mas o Kira está em busca da verdadeira felicidade humana. Isso é por que ele odeia encrenca. Ele só quer viver uma vida em um mundo de seus próprios interesses, e é isso que o torna perigoso (risos). Mas ele talvez tivesse uma filosofia própria… Os inimigos até esse ponto como DIO e Kars estavam todos querendo o topo—talvez fosse simbólico da economia japonesa até aquele ponto, como a bolha econômica (risos). Naqueles dias, DIO talvez tivesse tido a mentalidade mais natural e você talvez inconscientemente simpatizasse mais com isso.
Quando eu estava desenhando o Kira, o que as pessoas estavam procurando por era tranquilidade. A ideia de que a felicidade não é sobre ficar acima dos outros. Os prêmios do Kira desde que ele estava no fundamental eram do 3° lugar. Não o 1° nem o 2°, e sim o 3°. Não é notável, mas ainda de se respeitar. Ele tem o potencial para se tornar o número 1. Mas se destacar, fazer inimigos, ser perseguido, sentir pressão, sentir expectavidades que ele não podia aguentar. Talvez tenha vários adultos que pensam assim, mas seria esquisito se alguém pensasse assim como uma criança, né? É muito mais fofo para crianças ficarem tipo ‘Eu vou ser o número 1!’. Esse tipo de anormalidade era o que eu queria desenhar, esse tipo de genialidade estranha.
Matar Reimi Sugimoto quando ele tinha 18 anos, esse foi o primeiro assassinato de Kira. É por volta dessa época que Jotaro e seus companheiros lutaram contra DIO. Talvez fosse um ano em que as estrelas se alinharam. Um ano fatídico. Josuke foi salvo pelo homem com o pompadour nesse mesmo ano, então várias coisas aconteceram.
Seu primeiro assassinato, foi provavelmente por impulso. Ele, por acaso, viu Reimi e se esncondeu em sua casa… e isso mudou seu destino. Se não fosse por esse incidente, ele talvez tivesse vivido uma vida feliz sem assassinatos, mas as estrelas o levaram para o caminho errado. E dali, você não pode mudar o destino. Seu primeiro assassinato continuou um mistério por bastante tempo. Você lê sobre assassinos em série e sobre como eles tem duzenas de corpos enterrados em baixo do piso. Você se pergunta como isso acontece sem ser descoberto, e isso é bem assustador, não é? Talvez seja por uma indiferença pelos vizinhos… Com esse primeiro assassinato, Kira se tornou destinado a matar 48 pessoas.
Parte 2
Kira’s background of bottling up his nails… that was inspired from a real life story of someone who preserved his nails to monitor his own condition and stress levels. That person is not a serial killer (laughter) That nail story was interesting, and I remembered it. It seemed like something Kira might do… ‘When my nails have grown x millimeters, I’m doing great!’ ‘This is when I can never be caught!’ I feel like I do something similar… I measure my blood pressure and read from it my condition. Sometimes I feel invincible when the readings are good. There might be athletes who do that too… not with nails of course. Kira just does a sorta-creepy version of that (laughter)
Now for Kira’s family, do you remember that scene where you see a picture of Kira’s family, I put a lot of thought into drawing that. It’s not a fun-looking family, but it also looks sort of peaceful… and that’s creepy. The father and mother appears close to each other, but also distant. They probably haven’t ever really had a major fight either. When you read about a serial killer’s life, you feel chills when you come across a picture of them as a child. I wanted to imbue that picture with a bit of that feeling.
Now Kira’s father, he was a strange person. Not quite a criminal, but considered odd. He probably knew his son was a murderer and went ahead hiding his crimes. Of course, Kira’s father went to Egypt and obtained the bow and arrow from Enya to protect his son. Right around then, DIO was looking for allies around the world and Kira’s father was one of those accepted as having potential by him. The same for Okuyasu's father. People who had been scouted by DIO were all around the world, and even among them, Kira’s father and Okuyasu's father may have had extra attention paid to them as they were in Japan along with Jotaro. For the mother, I haven’t drawn anything about her at all, but I think she may have done a sort of ‘abusive coddling’ towards Kira. That’ll be scary right?
Even now, I wonder if I should have drawn out Kira's relationship with his parents in more depth. But I had to cut it out with much reluctance… or maybe I should say that I didn’t have the courage to draw that out. Like I said before, I didn’t want to detail Kira’s past too much. I didn’t want the readers to look at Kira and his father and think ‘these are actually very sad characters’. I drew out Kira’s mental state when killing, but if I started delving into the fundamental reason why he kills, Kira becomes a sort of sympathetic character… if you start emphasizing with Kira that’s not really appropriate for a Shonen manga. I didn’t want readers to feel sympathy. That may be the hardest thing about drawing out Kira. Although I think I might have been able to add another two or three volume if I started delving into Kira’s mental state, his motivations and his relationship with his parents.
I’m really interested in familial relations… the Joestar bloodline is about families too after all. When I draw a character, I start wondering about their parents or siblings. It might be because I was influenced by my parents and sisters a lot. When follow that trail, when you draw out an antagonist I start wondering what influences he got from his family. But if you start delving into that person’s background, you start straying from the theme. There’s so much you could draw out. Even DIO had a lot of influence from his father. But because this is a weekly serial manga, its always difficult to decide how to cut that out. I mean, you only have 19 pages to draw on a week. That’s no space at all. You basically just have to take one idea and run with it. But even then it won’t fit, so I have to think hard about how I might condense two pages down to one…
Kira was cornered once and had to flee. Some people thought that might be the end of Part 4, but I was always planning on reviving him. His flight is equivalent to DIO's resurrection. You think he’s lost, but then he surges back… around there was I really felt a sort of vitality from him. A different sort of vitality from DIO. DIO's is merely a biological vitality, but Kira was able to tap into the world of a sort of spiritual or mental strength. At that point, Kira trumped Josuke and his friends in spiritual strength. It’s because he had that resurrection that Kira became such a great antagonist. If he had given up then, he would have been a no-go.
I didn’t think at all about using Cinderella to change his appearance. When he was cornered and I was thinking hard about how Kira might escape, lighting struck me and I realized ‘hey I could just use Cinderella which I wrote about last episode!’ I’m basically thinking at a week-by-week interval and never about what happens after that. I don’t know about Jump manga these days, but it’s all about how I make this week interesting for me.
I also like that part after this where Kira becomes a ‘father’ as Kosaku Kawajiri. There’s a P.K. Dick novel about an alien masquerading as a father in a family; I wanted to draw something like that. Only the son knows that he’s an alien… those types of stories are fun. Those episodes are written from the point of view of the son Hayato Kawajiri, and I think it was good as it changed up the pace. After that you had a few Kira point of view stories and you saw that wife falling in love with Kira. I guess it’s plausible that you might grow to love someone if they’ve actually changed, but falling in love with a serial killer, that’s sort of abnormal too and good.
At the end, the son discovers his secret and Kira discovers a new ability. That’s an extension of his resurrection. It’s impossible to stick around in Jojo with the same ability, you have to power up. The youngling who develops into something greater is a common archetype in Shonen. It’s one of the things I feel are a ‘must have’ in a story. Josuke and Jotaro are sort of ‘completed’ characters so it’s difficult to draw a development scene for them, but Koichi-kun and Hayato Kawajiri fit that type. To see Kira also grow in parallel to them is an atypical way of fulfilling a Shonen stereotype.
On ‘Bites the dust’ ability. When you start thinking around the theme of time or rather time travel there’s a lot of variations you can delve into like stopping time, rewinding time… So its sort of like me passing on ideas I wasn’t able to use for DIO. I like the idea of time manipulation. I did something like that with ‘Golden Wind’ and ‘Stone Ocean’.
Writing the ‘Bites the Dust’ episodes were fun. It felt like I was assembling a puzzle or building a game. But because the same time was incremented so many times, I became concerned with whether the readers would follow along. I said this before too, but given that I only have 19 pages a week, I started wondering if this was appropriate for a Weekly manga. A weekly serial has build up story tension within those 19 minutes then pass it along to the next week. It’s a lot of work, but I see those as the rules I have to work within.
In the end, Kira dies after having been run over by an ambulance, and his face was obliterated and nobody could tell who he is.
With ‘Diamond is Unbreakable’ … with the town of Morioh, I wanted to trap it into a world of ‘eternity’. Like would the wife have been happy if she knew that her husband was no longer the same person? If she realized it, it would be a bit boring right? So I was fine with that state continuing forever and no answer being resolved. Within myself, Morioh will forever be in that state. What happened to Josuke after the series? I don’t think about that at all. Morioh is ‘eternal’.
I drew Kira also in a spinoff called ‘Deadman’s Q’. Being trapped in an ‘eternal’ world with his soul being unable to go to heaven or hell, I thought that might be a form of suffering or punishment too. The same thing with Diavolo in ‘Golden Wind’, but it might be a punishment to be trapped within eternity. In the commentary for the short story collection [‘Under Execution, Under Jailbreak’] I wrote that I was tearing up as I drew the story (laughter) I was very invested in Kira. I almost understood his feelings, if only he hadn’t committed murder… I didn’t draw it at the time, but thinking back on it I feel that he might have been person with the burden of sadness too.
Out of all the villains I’ve drawn so far, Kira is my favorite. I like DIO too… but more than DIO. Because he was seeking a quiet life and wasn’t a character you would see often in a shonen manga, I was very invested.
[Traduzido por ???][3] [Traduzido do inglês para o português por Soxz]
前編
吉良を語る前に、まずは杜王町について話しましょうか。
モデルは僕が子供の頃暮らしていたところの近くにできた新興住宅地です。
僕はそこに素敵さよりも不気味さを感じたんですよね。
「大丈夫かなあ」っていう。
みんな幸せそうな電気の光とかが見えるけど、でも家の中では何してるのかわからない。
同じ様な家が建ってて、綺麗で、幸せそうなんだよね。
そこがまた、吉良がいるという感じなんだよなあ(笑)。
『ダイヤモンドは砕けない』には、街を作ろうというテーマがあったんです。
日常の隣りに潜むユーモアだとか、不気味さだとか、そういうところを描きたかった。
自分の周りにも、視点を変えればおかしな所もあるかも知れない。
スティーブン・キングの小説の影響も大きいですね。
八〜九十年代に読んでたんですが、特に好きなのは『ミザリー』。
舞台が限定されてて、深く深く描いていくような感じ。
あの頃のキングは一気に読みましたね。
それと第四部では、かなり自分の趣味とかも入れられて楽しかったですね。
ゲームだとか、お店だとか、イタリアンレストランとか!
トニオの店は、置物までこだわって描いていたからね。
そういうのが入れられたんで・・・。
取材も、仙台に帰ればいいだけで(笑)、土産物屋とか写真を撮ってきて、怒られない程度に描いてました!
あと仗助のヘアスタイルはね、編集にも「今時こういう主人公やめて下さいよ」みたいなこと言われたんですよ。
でも逆に、いいんじゃないかな・・・と。
髪型にこだわってるところが‘70〜‘80年代の不良ですよね。
でも田舎に帰るとたまにいるんだよね、あれが(笑)。
学生時代はちょっとやばいなと思って近寄らなかったけど、今見ると微笑ましい感じがするんだよね。
リミックスにすると、吉良のエピソードだけで7冊ぐらいあるそうで「そんなに描いた? へえ〜」っていう感じですね。
『ダイヤモンドは砕けない』で”日常の裏に潜む恐怖”をテーマにしたのは、‘80年代ぐらいから、殺人鬼の本とか読むのがすごい好きだったからで、『羊たちの沈黙』が出版される前で、またブームになる以前から、殺人者たちの動機が知りたくて注目していたんです。
人間として生まれて、なんでこういうことするのかな、みたいな。
そういうのがすごい好きだったし、そういう人の行動も不気味だった。
だから日常を描こうとした時に、そういう殺人鬼が敵になるんだろうな、というのは最初に考えてました。
その前の『スターダスト・クルセイダーズ』の敵とはまったく違った、待ってるタイプっていうか。
『スターダスト・クルセイダーズ』の敵っていうのは、襲いかかってくる奴らですけど、誘い込むようなタイプっていうか・・・そのうち出そうとは思ってましたけど、最初から、吉良吉影という具体的な人物が存在していたわけではないんです。
最初は学生レベルというか、億泰や形兆、あとギターの音石明みたいな・・・そういう学生レベル、ヤンキーレベルの敵を最初に考えていました。
それは、最大の敵というのを作らないようにしたかったんですよ。
倒さなければいけない、目的となるような強い敵を出しちゃうと読者はみんなそっちにばかり興味がいくんですよね。
だからその欠点を補うために出したくなかった。
いつでも現在やってる話に注目させたかった。
だけどやはり『ジョジョ』の読者っていうのは、そういう最大の敵みたいのが欲しいみたいでね、DIOが強烈すぎたのかなぁ・・・ということで、終盤も近くなって来たのかな? と思った時に吉良を考えて出しました。
吉良という名前は”キラー”=殺人者からですね。
わかりやすいですけど(笑)
名前の吉影は・・・僕って頭文字が揃うのが好きなんですよ。
ジョジョもそうですしね。
だから”吉”で合わせたら覚えやすいかなという、それだけの理由です。
でもなんか、ピッタリきましたよね。
最初の登場は、いきなり吉良の視点から始めました。
敵側の視点から描きたかったっていうか、やはりこう、今までの話って悪役っていったら主人公から見て悪役だったと思うんですよね。
でも敵の立場もあるわけで、敵の心理状態というか、そういうのが描きたかったんです。
吉良がなぜそんな殺人を犯すのかち?しかも主人公としてじゃなくて悪役として描きたかった。
だからあまり同情されるようなキャラクターにはしたくなかった。
よくこういう殺人者たちの生い立ちとか読んでいると、やはり少年時代が不幸だったとか、色々あるんですよ。
だけどそういうところを描いちゃったら、敵にならないなと思ったんですよね。
だからなるべくカットするようにしてキャラクターを作っていきました。
そこにはちょっと苦労しましたけど。
DIOは人間の頂点を目指していくっていうのがありましたよね。
でも吉良っていうのは、本当の人間の幸せを追い求めてる人なんですよ。
だからトラブルが嫌いなんです。
で、自分の趣味の世界だけに生きていたいっていうか、そこがまた危ないというか(笑)。
でも、彼なりの哲学がちょっとあるかな・・・。
これまでの敵は、DIOも、カーズも、頂点志向で、日本経済にちょっと象徴されてるところがあるかも知れないけど、バブル経済みたいなね(笑)。
そういう時は、DIOだったのかなって思うし、無意識のうちにそういうものを求めてるのかも知れないですよね。
吉良を描いていた時代には、やはり平穏が求められていたんですよね。
幸せっていうのは、人間の頂点に立つことではないという。
吉良は中学校時代から表彰状が全部三位。
一位でも二位でもなく三位。
目立たないけど手堅いところにいつもつけている。
本当は、一位を取れる才能を持っていたんですよ。
だけど目立ったりとか、敵が増えたりとか、追いかけられたりとか、プレッシャーとか、人に期待されたりとか、そういうのがまったくダメなヤツなんですよ。
大人でそう考える人はいると思いますけど、小中学生の頃からそんなこと考えてるのって何か怖いよね(笑)。
「俺は一番を取るんだぁッ!」って方がまだかわいげがある。
そこにちょっと異常な感じとか、普通とは違った天才みたいなものを描きたかったんですよ。
18歳の時に杉本鈴美を殺したのが、吉良の最初の殺人なんです。
あれがね、ちょうど承太郎たちがDIOと戦ってた時期と一致するんですよね。
だから何かそういう、星回りじゃないけど、星の動きみたいなのがある年だった。
運命の年なんですよ。
仗助も瀕死でリーゼントの人に助けられたし、何かそういうのがあるんです。
やはり最初の殺人は衝動的なものだったんでしょうね。
偶然鈴美を見かけて、家に忍び込んで・・・そこで運命が変わっていく。
もうそこさえなければ、殺人も知らずに幸せになったヤツなのかもしれないけど、運命の星回りで、我を忘れてしまった。
やっぱりその因縁が消せないわけですね。
そして最初の殺人がずっと長い間発覚しなかった。
殺人鬼の本なんか読んでると、縁の下に何十体という死体があったりとかするんですよ。
よく見つからないな、と思いますけど。
そういうのが怖いですよね。
近所の人の無関心みたいなのもあるだろうしね・・・。
その最初の殺人があったから、吉良は48人も殺してしまったというわけです。
後編
−−−前回に引き続き、荒木飛呂彦について語っていただこう。
まずは、吉良の特殊な趣味(?)のお話から・・・。
吉良が自分の爪を瓶の中に残していた・・・という設定は、自分の体調とかストレスとかを見るために、切った爪を保存している人が実際にいる、というのを何かで見て、そこから思いついたんです。
その人は殺人鬼ではないんですが(笑)
この爪の話は興味があって、なんか覚えていたんですよ。
で、吉良はそんなことやりそうだな・・・と「爪が何ミリ以上伸びた時は絶好調!」「こういう時期は絶対に捕まらない!」って。
自分にも、ちょっとそういうところがあるかも知れない・・・血圧の記録をつけたりして、その記録から隊長を判断して「今は何があっても大丈夫!」とか思ってます。
スポーツ選手とかでもやってる人はいるんじゃないかなあ・・・爪じゃないけどね。
吉良はそういうののちょっと不気味版という(笑)
次は吉良の家族についてですが、家族の写真が出て来るところがあるでしょ、あれはちょっと思いを込めて描きました。
楽しそうじゃない家庭なんだけど、何か穏やかそうでもあるし・・・それがまたちょっと不気味・・・みたいな。
父親と母親は仲良さそうにも見えるし、そうでもないようにも見える。
でも派手な喧嘩はしてなさそう。
犯罪者の生い立ちとか書いてある本を読んでいると、チラっと載っている子供時代の写真とかが不気味な時があるんですよね。
そういう思いを込めて、あの吉良の家族を描きました。
そして吉良の父親ですが、ちょっとおかしな人で、犯罪者までいかないまでも・・・変わり者だった。
息子が殺人者だというのは知っていて、その犯罪を隠してたんでしょうね。
もちろん吉良の父親は、息子を守るためにエジプトへ行ってエンヤ婆から弓と矢を手に入れた。
ちょうどその頃、DIOは世界中から仲間を探していた時期で、吉良の父親はその時に才能が認められた奴のひとりなんですよ。
億泰の父親もそのひとり。
そういうDIOに認められた奴が世界中に結構いて、その中でも、日本には承太郎がいたために、吉良の父親や億泰の父親は特に目を付けられていたのかも知れないですね。
母親については何も描いていないんですが、やっぱり可愛がりすぎる虐待、みたいなものを吉良にしていたんじゃないかなと思います。
またそれも怖いでしょう?
吉良家の親子関係みたいなものも深く描くべきだったのかな、と今でも思います。
でも、泣く泣くカットしたっていうか、描く勇気がなかったっていうのか、そういう感じです。
さっきも言った通り(前巻掲載の前編参照)、吉良の過去はあまり描きたくなかったんです。
読者が吉良や吉良の父親に対して「この人は本当は悲しい奴なんだな」と思わせないようにしたかった。
吉良が殺人を犯す心理状態は確かに描いてましたけど、根本的な動機みたいなところまで描いたら、吉良が可哀想な奴になっちゃう・・・ていうか、吉良に感情移入しちゃう
と、少年マンガとしては違うかな・・・と。
やっぱり、読者には同情してほしくなかったんですね。
その辺が吉良を描く時に、苦労したところかもしれない。
吉良の心理状態や動機、親子関係をもっと描いていたら単行本があと2、3巻分は増えたかもしれないですけどね(笑)。
やはり家族関係って興味があって・・・ジョースター家の血筋っていうのも家族関係ですしね。
キャラクターを描く時って、両親とか兄弟って気になるんですよね。
まあ自分が、かなり両親や兄弟の影響を受けたからっていうのがあるかも知れないですけど。
そう考えていくと、悪役を出しただけで、その悪役は家族の誰かからの影響を受けてるのかな? とかって思っちゃうんですよね。
でもその人物の背景を描いちゃったらテーマから外れていくとか、色々あって・・・。
描こうと思ったらホントに一杯あるんですよね。
DIOにも、父親からの影響があったみたいにね。
でも週間連載の漫画ですから、その辺のカットのし具合がいつも悩むところです。
何と言っても毎週19ページしかないですから。
本当に分量がないんですよ。
基本はワンアイデアですよね。
それでも入らなくて、どうやって2ページ詰めようか・・・と、いつも必死に考えたりしてます。
吉良が1回追い詰められて逃げる展開になったじゃないですか。
あれで第4部終了か、みたいに思われてたみたいですけど、復活は絶対させようと思っていました。
あの逃げるっていう感覚が、DIOの再生と同じだと思うんですよね。
1回負けるかな? と思わせながら復活して来る・・・あの辺はね、描いていてホント、奴の生命力っていうかそういうのを感じましたね。
DIOとは違った生命力。
DIOはあくまで肉体的な生命力だけど、吉良は精神の世界、精神的な強さという世界に入れたな、と思いました。
あそこで、吉良は精神的に仗助たちに勝っていたと。
吉良があんなにスゴイ敵になったのは、あの復活があるからですね。
あそこで諦めたら駄目だったんですよ吉良は(笑)。
シンデレラを利用して入れ替わるというのは、全然考えてなかったんですよ。
仗助たちに追い詰められて、どうやって逃げ延びさせようかと必死に考えて「あ、そういえば前回出したシンデレラが使えるんじゃないか!」って思いついた。
基本的にはいつも、週間単位で考えていますから、その先のことはいつも考えていません。
最近のジャンプマンガはどうなのか知りませんけど、基本はいつその週をいかに盛り上げるかを考えて描いているんで
で、その後吉良が川尻浩作になりすました「お父さん」になるところも気に入っていてね。
P・K・ディックの小説だったかな? 宇宙人がお父さんになっていたという話があるんですけど、ああいうのを描きたかったんですよ。
息子だけが「こいつは宇宙人だ」って知ってるんだけど・・・何か好きなんだよね、そういうの(笑)。
あの辺は息子の川尻早人の視点になっていて、展開が変わって良かったんじゃないか、と僕は思ってるんですけど。
その後、また吉良の視点からの話になったり、あの奥さんがだんだん吉良を好きになっていく展開とか。
人間が変わってるんだから、そりゃ惚れることもあるだろうとは思うんですけど、殺人鬼に惚れるというのがね、あの辺もまた異常でいいかもなあって思ってますそして最後に息子に気付かれて、新しい能力が出てくる。
そこもやっぱり再生の延長線ですね。
同じ能力でずっと続くのは『ジョジョ』ではあり得ないことっていうか、そういう前提があるので、パワーアップしなきゃいけないんですよね。
少年が成長していく過程を描くっていうのは、少年マンガの王道でしょ。
そういうのを「外したくない」っていうのはいつもあります。
仗助とか承太郎っていうのは、すでに出来上がってるところがあって、なかなか成長シーンを入れにくい感じがあるんですけど、康一くんとか、川尻早人とかは成長していってますよね。
それと同じように吉良も成長していくというのが、ちょっと異色な少年マンガの王道をいっていますね(笑)。
バイツァ・ダストの「時間が戻る」というのは、やっぱり時間テーマっていうか、タイムトラベルテーマを考えていくと、「止める」だとか「戻す」だとか、そういう風な考え方の発展形として、バリエーション出来るんですよ。
DIOの時に描ききれなかった部分を、次の時にやっているという感じです。
好きなんですよね、時間テーマって。
『黄金の風』でも『ストーン・オーシャン』でもやりましたけど。
バイツァ・ダストの話は描いてて面白かったですよ。
パズル的で、ゲームを作ってるような感覚がありましたね。
でも何度も同じ時間を繰り返してるんで、「読者がきちんと読んでるのかな」って描いててすごい不安になった(笑)。
さっきも言いましたけが、毎週19ページの枠の中で描いてるんで「これ週刊マンガとして大丈夫なのかなあ」ってふと思ったりもしました。
やっぱり週刊連載は、ソノ19ページで盛り上げて、次の週に引かなきゃいけませんからね。
大変だけど、そういうルールがあると思って描いてます。
吉良は最期、救急車に轢かれて死んだんですが・・・顔を敷かれて、誰が解らなくなって。
何か『ダイヤモンドは砕けない』は・・・・・・杜王町は「永遠」の世界に閉じ込めたかったんだよね。
もし夫が別人だったとわかっても奥さんとかは幸せなのかな?と思って。
もし別人だと分かってしまったら、ちょっとつまらない感じもあるじゃないですか。
だから、いつまでもあの状態で、わからないままでいいのかな・・・という。
杜王町は、僕の中ではずっとあのままです。
だから仗助があの後どうなったか、とかもまったく考えていないです。
「永遠」の杜王町ですから。
その後に描いた『デッドマンズQ』の吉良というのは、あれはまた外伝で(笑)。
「永遠」の世界というか、ずっと魂が天国にも地獄にも行けない、そういう苦しみもあるのかな、それが罰だって言うかね・・・『黄金の風』のディアボロの最期もそうでしたけど、永遠に閉じ込められるのは、ひとつの罰の方法かも知れないですね。
『デッドマンズQ』は「描きながら涙が出てきた」と短編集(『死刑執行中脱獄進行中』)のあとがきに書いたんですよ(笑)。
吉良にはかなり思い入れがありましたから。
殺人さえ犯してなければ気持ちはすごい分かるっていうか・・・ちょっとね、当時は描かなかったけれども、改めて考えると「悲しみ」みたいなものを背負った人なのかなって思います。
これまで登場させた悪役の中では吉良が一番好きなんですよね。
DIOも好きですけど・・・DIOよりも。
「平穏に暮らしたい」っていう、普通の少年マンガには無いようなキャラクターだからこそ、思い入れが深かったですね。
Galeria
Referências
- ↑ https://web.archive.org/web/20060207143142/http://www.shueisha.co.jp/CGI/magazine/rack.cgi/magazine/remix.html?key=detail&zashimei=remix&id=0336
- ↑ https://web.archive.org/web/20060627062618/http://www.shueisha.co.jp/CGI/magazine/rack.cgi/magazine/remix.html?key=detail&zashimei=remix&id=0348
- ↑ https://docs.google.com/document/d/1pgcnMshVrs7ZqvtACT3PWweRpmJOXSNyu7O9qf4M21g/edit