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Poker Under Arms (武装ポーカー, Busō Pōkā) é um one-shot de manga shōnen escrito e ilustrado por Hirohiko Araki.
Tendo ganhado como vice-campeão de "Obra Selecionada" do Prêmio Tezuka, esse one-shot sobre o Faroeste foi o primeiro trabalho publicado por Araki e sua estreia como Mangaká.
Um tankōbon de outro mangá do Araki, Gorgeous Irene, também contém as obras originais do autor, incluindo Poker Under Arms.
Com uma ambientação de Faroeste em uma cidade sem leis. A história começa com um velho senhor rico contando seus relatos sobre um perigoso jogo de pôquer entre pistoleiros.
Don Peckinpah (ドン・ペキンパー, Don pekinpā) é um pistoleiro infame com uma recompensa de $10,000 sobre sua cabeça, fazendo dele um alvo constante para caçadores de recompensas procurando fama e riquezas. Ele é frequentemente descrito como o Diabo, devido a sua natureza maliciosa, porém calma. No começo da história, Peckinpah acabou de matar sua vítima mais recente, um caçador de recompensas que tentou o emboscar em uma barbearia. Peckinpah ficou impressionado com o engenho do plano mas concluiu que não era o suficiente devido a sua esperteza e saque mais rápido da arma.
Após sair da barbearia, Peckinpah entra em um bar e pede um drinque. No bar, ele ouve por acaso um grupo de jogadores de pôquer e pergunta se pode se juntar a eles. Um dos jogadores, Mike Harper (マイク・ハーパー, Maiku hāpā) é um pistoleiro igualmente habilidoso com a mesma recompensa $10,000 que acabou de chegar na cidade. Para se exibir, Peckinpah pega quatro cartas e as joga no baralho para tirar os quatro ases. Para não ser sobrepujado, Harper então mistura o baralho fazendo os quatro ases ficarem no topo, isso faz com que os outros jogadores se afastem com medo. Os dois pistoleiros concordam em jogar um contra o outro.
Mike Harper rapidamente se revela um jogador melhor vencendo seguidamente. Frustrado por sua sequência de derrotas, Peckinpah desconta sua raiva em um velho bebum, interrompendo assim o jogo. Recuperando sua compostura, Peckinpah maliciosamente sugere que eles apostem suas armas para tornar o jogo mais interessante, fazendo com que o perdedor ficasse indefeso contra qualquer um que quisesse reivindicar sua recompensa. Não percebendo o blefe, Mike Harper relutantemente concorda. Peckinpah secretamente troca suas cartas e revela sua mão, uma quadra com rainhas. Infelizmente, Harper também trapaceou e conseguiu quatro rainhas. Quando o velho bebum aponta isso, Peckinpah e Harper jogam a mesa e sacam suas armas. Nesse momento, o velho bebum joga um coquetel molotov nos dois, matando ambos.
E então o velho senhor rico termina de contar sua história. A Namorada do velho senhor aparece e o lembra que eles precisam ir. A mulher também menciona que o viu no jornal por ter matado dois criminosos e diz que ser xerife deve ser difícil, revelando a identidade do velho senhor.
Poker Under Arms Minha obra de estreia. Quando eu a desenhei, eu esperava a levar até o escritório do meu editor e fazer ele querer ler tudo até o final, sem que ele parasse para virar as páginas e a larga-se.
O motivo de ter 31 páginas é que, naquele tempo, tinha cido decidido que histórias de mangás deveriam ter esse número de páginas. Eu desenhei em torno de cem no total, e depois redesenhei até ficar 31, reformulei a obra e a levei até o escritório do meu editor. Depois ela foi enviada para o comitê do Prêmio Tezuka. Eu quis fazer sobre o faroeste porque eu amava o Clint Eastwood.
Para começar, Araki escolhei uma ambientação ocidental para se destacar dos competidores. Com a ideia de uma história sobre apostas e violência, Araki a nomeou como "Poker Under Arms" para envolver esses dois conceitos. Imaginando que a maioria dos competidores colocariam seus protagonistas nas capas, Araki decidiu fazer o oposto e desenhar um homem desconhecido sendo baleado durante uma partida de pôquer.
Para começar a história, Araki evitou introduzir os protagonistas logo no começo e ao invés disso ele usou o personagem do velho senhor como um narrador misterioso. Araki então propositalmente introduziu Don Peckinpah na segunda página na barbearia para mostrar ao leitor que ele era um formidável pistoleiro e um cara durão o bastante para se preocupar com a própria aparencia durante uma luta perigosa. Araki também quis que Don Peckinpah matasse alguém num lugar incomum (a barbearia) para mostrar aos leitores que a cidade onde a história era ambientada não era normal.
Araki também desenhou as aparências de Don Peckinpah e Mike Harper de uma forma que elas se contrastassem. Detalhes incluem a camisa branca de Don Peckinpah contra a jaqueta preta de Harper, o cabelo escuro de Peckinpah contra o cabelo claro de Harper, ou as sobrancelhas grossas de Peckinpah contra as sobrancelhas finas do Harper.
Prêmio Tezuka
Esse one-shot foi criado para ser apresentado no vigésimo Prêmio Tezuka em 1981 e ganhou como vice-campeão na distinção de "Obra Selecionada", o que significa que tecnicamente nenhuma das obras ganharam como campeãs, mas o one-shot do Araki chamou a atenção dos juízes.
Comentários dos Juízes
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Tetsuya Chiba: O dialogo em "Poker Under Arms" é vivido e apurado. Os dois personagens dos jogadores de pôquer são bem-definidos e competentemente retratados.
Yasutaka Tsutsui: Apesar do mesmo padrão de sempre, dessa vez "Poker Under Arms" estava indiscutivelmente divertido.
Noboru Baba: "Poker Under Arms" tem um bom enredo. A introdução para a história principal também é ótima. é uma pena que a página final, onde o xerife aparece, é um quadrinho pequeno.
Yusuke Nakano: O denominador comum é a proeminência da destreza e a fraqueza da habilidade de persuadir a mente. No entanto, "Poker Under Arms", "Cosmo Frontier", "The Fighter", "Loot! Smuggling Play", por exemplo, são promissores recém-chegados no cenário. Se esses recém-chegados continuarem a crescer, eu tenho certeza que eles vão trazer uma mudança no mundo das revistas shonen...não, no mundo dos quadrinhos.
Abe Takahisa: Não tiveram obras que se destacaram, mas elas eram de qualidade intermediária. Entre elas, "Poker Under Arms" é bastante intenso e mantém o leitor engajado até o final. O único problema é ser de um grau muito elevado!
Osamu Tezuka: Entre as obras, "Poker Under Arms" é o mais divertido. É um pouco maduro, Mas é emocionante e tem uma excelente composição que faz parecer que você está assistindo a um filme. Um inquestionável semifinalista.