JoJonium ★ Entrevistas Especiais
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Em cada volume do JoJonium, há uma seção na traseira do livro contendo uma entrevista com Hirohiko Araki discutindo o personagem destacado na capa. Essas entrevistas agem como pequenas biografias sublinhando o processo da criação de ditos personagens e os pensamentos de Araki durante a época.
As páginas também incluem uma foto do personagem, seu perfil, e uma pergunta Q&A a respeito das escolhas de design do personagem na ilustração da capa.
Volume 1 (Jonathan Joestar)
Tem limites a como eu poderia escrever o personagem porque ele era um "símbolo da justiça," então ele pode estar mais no lado entediante. Eu solidifiquei seu personagem enquanto eu ia. Jonathan é passivo, reagindo aos vários ataques de Dio, e isso o leva a descobrir seu jeito de viver. Talvez isso seja ligado a mim como um autor, crescendo junto do meu personagem enquanto eu o desenhava. Assim como Jonathan não tinha certeza de como viver sua vida, eu não estava certo sobre o rumo do personagem. Talvez eu cresci um pouco como autor com o Jonathan enquanto ele passava por suas tribulações.
Na Parte 1, durante os sete anos após a morte do Danny, Jonathan ficou bem musculoso. Essa mudança foi feita com a batalha iminente entre ele e Dio em mente. Eu achei que seu físico precisava ser capaz de aguentar os ataques constantes apartir desse ponto. Além disso, quando essa parte estava originalmente sendo serializada, era a era dos "músculos" nas telas de cinema—caras como Schwarzenegger e Stallone. Schwarzenegger, por exemplo, nunca podia ser parado por uma quantidade de tiros, certo? Eu queria que Jonathan tivesse uma aparência parecida com a dele—a aparência de ser imparável. A Weekly Shonen Jump também tem um histórico e tradição de protagonistas evoluindo e crescendo.
Eu também queria que Jonathan exalasse uma aura de força como em Karate Baka Ichidai após treinar artes marciais sozinho nas montanhas. Quando criança, eu amava mangás sobre karatê—você todos os tipos de forças sobrenaturais, como socar postes de eletricidade e fazer os passáros nos fios caírem ou alguém tentando esfaquear outra pessoa com uma faca, apenas para a faca acabar dobrando. Na verdade, artes marciais tem um certo aspecto místico, como socos empoderadores com técnicas de respiração. Eu queria incluir coisas sobrenaturais como essas em JoJo, e eu acredito que o Hamon foi inspirado pelo meu amor por mangás de karatê.
Q. Dio e Danny fizeram as pazes?
A. Só para a capa. É difícil desenhar os personagens da Parte 1 depois de todo esse tempo, mas é como se encontrar com velhos amigos.Volume 2 (Will Anthonio Zeppeli)
O Sr. Zeppeli* foi nomeado em referência a banda de rock "Led Zeppelin." Eles são músicos de alto-nível para mim, então eu senti que tinha que referenciar seu nome com esse personagem, embora fosse realmente uma pena eu tê-lo usado tão cedo—como jogar o Coringa logo no começo de um jogo de cartas. Logo, eu tive que me acostumar com isso quando eu estreiei o Sr. Zeppeli. Também é importante como o nome soa/ tem vários nomes com "J" na obra como JoJo, Jonathan e Joestar que são parecidos, então eu quis equilibrar os nomes com um "Z" como Zeppeli. Eu me certifiquei de fazer o mesmo com o Speedwagon.
O Sr. Zeppeli ensina o Hamon para Jonathan e o leva em sua jornada para destruir a máscara de pedra. Eu gosto de professores que são bobos e te fazem se perguntar e se eles estão ou não faltando um parafuso na cabeça. Como nos filmes do Jackie Chan, o mestre é sempre um bêbado—então o quão forte ele pode ser? A mesma coisa em Karatê Kid. Sua aparência exterior pode ser meio estranha, mas é o que está por baixo que merece respeito. Esses personagens tem um charme por causa da diferença entre seu exterior e interior, e porque você não pode julgá-los por sua capa. O Sr. Zeppeli pode parecer fraco em um primeiro olhar, mas ele é forte na verdade, mesmo que o tenha o vestido como um mágico e o dei o bigode de um vendedor de óleo de cobra. Seu bigode foi inspirado por aqueles usados pelo pintor Salvador Dali e o Iyami de Osomatsu-kun'.
No entanto, o bigode requer muita coragem para ser usado em uma revista shonen. Principalmente porque faz o personagem parecer mais velho e indigno de confiança, independente do tipo de bigode. Para o Sr. Zeppeli—enquanto ele serve como mestre do JoJo, não é como se ele fosse um senhor muito mais velho que o JoJo. Ele também é personagem de apoio principal. Eu talvez tenha desapontado os leitores com ele, então foi necessário coragem. Ele é o tipo de personagem que eu não usei de verdade nas minhas outras obras, masa é um que eu queria usar para os motivos que eu mencionei acima. Pensando sobre isso agora, talvez tenha sido uma "aposta" ou "aventura" da minha parte. Naquela época eu provavelmente pensei, "Eh, é JoJo, vai dar certo." É uma Bizarra Aventura, afinal de contas.
Por final, ao meu crédito, JoJo's Bizarre Adventure (JoJo no Kimyou na Bouken) saiu antes da série de drama japonesa Bizarre Stories in This World (Yonimo Kimyou na Monogatari). Entendam.
Q. Poderia a esfera em seu cano ser…?
A. É uma bola de aço de Steel Ball Run. Zeppeli é conhecido por sua cartola. É um formato legal e se você curvar o design de diamante, ele parece tridimensionalVolume 3 (Dio Brando)
Em relação a como ele contrasta com Jonathan, eu quis abordar como você representa o vilão supremo como retratado cotnra o símbolo da justiça. Como exatamente ele chegaria à esse papel de "vilão"? As pessoas sempre amam comparar quem é mais forte ou quem é mais legal. Você tem o Godzilla versus o Mechagodzilla, Schwarzenegger vs. Stallone… Eu quis que tivesse esse tipo de contraste ou luta entre Dio e Jonathan.
Adicionalmente, o perfilamento psicológico do FBI era um tópico em tendência na época em que eu o escrevi. Porque os assassinos-em-série fazem o que eles fazem, cientificamente falando? Eu fui inspirado por isso quando eu estava trabalhando no Dio. Caras assim são verdadeiros otários, podres no coração. E mesmo assim, eu sempre meio que pensei que eles são na verdade incrivelmente fortes para poderem conseguir cometer tais crimes. Por que eles vão tão longe? Será que eles só fazem isso para ver se podem? O aspecto do "controle" disso me interessa também. Tinha um caso famoso nos Estados Unidos onde um homem prendeu várias mulheres em uma sala e as levou para fora, uma de cada vez, para outra sala para matá-las. Todas essas mulheres estavam esperando, juntas, por sua vez de serem mortas. Eu não consigo imaginar como estava seu estado mental naquele ponto… Pensando racionalmente, você se pergunta porque elas não tentaram fugir, ou porque elas não tentaram se juntar e atacar o assassino? Deve haver alguma maneira de resistir. Entretanto, se você observar o processo no qual as pessoas controlam as outras, você começa a ver como isso é efetivo. Há muitas maneiras, incluindo causar o medo, mas eu sempre achei o ato de controlar os outros estranhamente fascinante.
É por isso que Dio não foi simplesmente um vilão forte, mas sim um personagem que controla os outros e tem admiradores que o servem. Como um antagonista, isso traz suspense ao leitor, enquanto eles se perguntam como ele poderá ser derrotado. Durante a serialização, eu realmente não tinha uma fraqueza preparada para o Dio. É o melhor tipo de suspense quando você está no limite. Como eles conseguirão vencê-lo se o Hamon não funciona? Mais forte o inimigo, o melhor. Mas, foi difícil inventar um jeito dele ser derrotado.
Q. Por que o Dio está pelado?
A. Ele quis mostrar seu lindo corpo. Se eu tentar, eu posso desenhar esses personagens como eles eram, mas eles são coisas vivas que respiram. Eles acabam parecendo pessoas completamente diferentes quando desenhados em um estilo moderno.Volume 4 (Joseph Joestar)
Como mencionado enquanto discutindo sobre o Jonathan, Dio é o preto do branco de Jonathane—bastante passivo e talvez um pouco desinteressante como protagonista. Joseph, pelo outro lado, é mais fácil de ver como sendo proativo, e eu senti que isso funcionou. Enquanto eu escrevia o conto de Joseph, foi mais como se ele estivesse sob o controle de como a história progredia, então eu acho que ele acabou sendo mais um "aventureiro", se é que você me entende. Em comparação ao cavalheiro Jonatham, Joseph está constantemente buscando vencer em confrontos ou jogos e fará coisas loucas sem hesitação. Em termos mais simples, ele tem a personalidade de um trapaceiro. Isso não foi feito só para criar um contraste entre ele e Jonathan, mas também porque eu queria que o foco mudasse das batalhas físicas da Parte 1 para confrontos mais intelectuais.
Antigamente, como extensão da minha outra obra, Cool Shock B.T., eu queria fazer de Joseph um personagem de mangá shonen que dobra as regras enquanto ele luta. Essencialmente, fazer ele usar as estratégias de um trapaceador para vencer usando perspicácia e lógica. Eu não queria que ele fosse o tipo de personagem que vence com bravura e preserverança, então foi mais fácil de aprofundar sua personalidade com frases como "Sua próxima frase será…" onde ele acaba lendo as ações do oponente à frente do tempo. Para simplificar, Joseph é tipo um B.T. musculoso. Eu coloquei um pouco do Stallone no B.T. e adicionei uma alegria para uma boa medida para torná-lo um indivíduo mais alegre.
Joseph é o personagem que conecta a linhagem Joestar às Partes 3 e 4. Eu fiz Jonathan morrer na história da Parte 1, mas eu nem considerei matar o Joseph. Se eu soubesse que JoJo iria até a Parte 8, eu acho que teria mudado seu design visual um pouco.
Q. Por que o Joseph tem um chapéu e óculos?
A. Para ajudar a diferenciá-lo do Jonathan. A Parte 2 se passa quando os aviões estavam se tornando prevalentes pela primeira vez. É por isso que eu o dei um chapéu de piloto com óculos--uma aparência meio steampunk ou de motociclista.Volume 5 (Lisa Lisa)
Quando esta parte estava sendo originalmente serializada, as garotas que apareciam nos mangás Shonen eram todas fofas--essencialmente o esteriótipo da "garota ideal de um homem." Leitores não estavam procurando por uma representação realística de uma mulher, mas em vez disso, o tipo de garota que ri durante uma conversa com sinais de coração aparecendo ao lado dela. É por isso que eu acho que uma personagem guerreira como a Lisa Lisa parecia novo. O Sr. Zeppeli na Parte 1 era um perosnagem muito gentil, e para contrastar com isso, eu a fiz o que você chamaria de uma personagem "sadista" nos dias de hoje. Tinha uma garota na minha vizinhança que me aconselhava perto do final do ensino fundamental. Ela era incrivelmente esperta e isso era muito intimidante para mim! Não que ela fosse uma sadista ou algo assim (risos). Eu acho que fiquei inspirado por aquele momento, aquele "nervosismo" emocionante que eu senti perto da minha tutora. É normal ver mulheres fortes nos dias de hoje, mas antigamente, era algo desconhecido em mangás shonen, e na sociedade em geral também. Era animante desafiar as expectativas das pessoas através da Weekly Shonen Jump ao fazer uma mulher treinar o protagonista para que ele ficasse mais forte.
Além de funcionar como a mestra de alguém, as pessoas não estavam acostumadas a verem mulheres lutar. Quando mostrando a força de um personagem por exemplo, caso seja um idoso, poderia haver um passado onde ele passou sua juventude fazendo treinos rígidos logo ele foi capaz de aprender as técnicas e se tornar um mestre. Isso explicaria como ele consegue apanhar uma mosca usando pauzinhos…mas para uma mulher, precisa haver algo mais substancial para sustentá-la. Em uma partida, senso comum dita que os fisicamente fortes ganhariam, mas eu percebi que se você adicionar habilidades sobrenaturais na fórmula, uma mulher pode vencer de igual com um oponente masculino forte. Em outras palavras, se a batalha é entre aqueles com poderes sobrenaturais, aparência física não tem nada haver com força. O Hamon é a habilidade sobrenatural de Lisa Lisa. A ideia de "aparência sendo irrelevante em habilidades sobrenaturais" é o que me levou à introdução dos Stands na Parte 3.
Q. O que inspirou a aparência dos Homens do Pilar?
A. Esculturas romanas, a esfinge, estátuas japonesas de mio, etc. Ao baseá-los nesses tipos de esculturas que você veria em templos ou santuários, isso os deu uma aura mítica enquanto também parecendo familiar. Uma juxtaposição bem bizarra, se me permite dizer.Volume 6 (Caesar Anthonio Zeppeli)
Isso é meio fora do assunto, mas eu gosto de brincar com a "bizarrice" até quando eu desenho em cores, então eu presto bastante atenção em como eu combino as cores umas com as outras. Por exemplo--ciano e rosa, azul e branco. Essas combinações são minhas armas secretas--elas dão um grande impacto mesmo quando olhando olhando de longe. Eu tenho certeza que você acha que as páginas coloridas usam todos os tipos de cores diferentes, ams tem vezes em que eu só uso duas cores e algumas mais fracas. É bem útil para mim usar marcas como esta onde eu posso combinar cores alternantes.
Ambos Caesar e Joseph são usuários do Hamon que herdaram as linhagens de seus avós. Quando eu decidi desenhar esses persoangens, eu já queria associar sua habilidade sobrenatural do Hamon com seus sobrenomes. Em outras palavras, eu queria que cada usuário tivesse um Hamon diferente, cada um co mseu design único. É por isso que eu dei ao Joseph o estilo "malandro" de Hamon que ele tem, e o Caesar tem bolhas. Bolhas estouram fácil, então muitos de vocês pensam delas como sendo fugazes. Eu havia não apenas lido muitos mangás shonen, como também livros, e eu nunca fui um grande fã do protagonista conseguindo algum tipo de arma suprema e invencível. Ele pode estar mais forte do que antes, mas você sente como se fosse essencial à esse ponto. Eu gosto de equipar os personagens com armas com defeitos e fazê-los cobri-los através da estratégia, e eu sinto que é mais divertido escrever algo onde você tem que lidar com os meritos e deméritos que cada uma delas tem. Eu sinto que as bolhas do Caesar foram uma representação perfeita de seu destino e o fardo que ele carregava. Eu consegui lidar com os aspectos visuais delas também ao fazê-lo transformar as bolhas redondas em discos para o seu Cutter, ou usá-las como lentes. Tem possibilidades infinitas que vem de um formato esférico como uma bolha. Eu considero isso um aspecto muito importante de JoJo. Tanto o Gyro na Parte 7: Steel Ball Run, quanto o Josuke na Parte 8: JoJolion herdam essas esferas, e minha posição sobre elas não mudou desde que eu originalmente desenhei Caesar.
Q. Qual é o motivo por trás da pose de Caesar?
A. Eu queria comunicar uma crucificação--em outras palavras, seu futuro. Tipo um senso de preparo para o que está por vir. EU sinto que ela representa o destino dos Zeppelis--forjar o caminho para os Joestars.Volume 7 (Kars)
Eu acho que o Modo da Luz: Lamina Brilhante de Osso lembrou vários dos leitores do Reskiniharden Saber Phenomenon da minha obra anterior, Baoh o Visitante. Enquanto não estamos falando de desenvolvimentos científicos, houveram vários aspectos da jornada de Kars de se tornar o ápice da evolução biológica que se assemelhava um pouco com Baoh. Visualmente falando também, como um mangaká, eu realmente gostei de desenhar uma técnica onde a carne e a lamina se fundem assim. Na minha opinão, encarar esses dois materiais completamente diferentes--carne e lamina--é algo que você só pode fazer em mangás. Por exemplo, o filme O Exterminador do Futuro 2 tinha um inimigo que podia transformar seu braço como uma liga de memória em uma lança de metal, mas eu acho que não era isso que eu estava imaginando para isso. A lamina que eu queria desenhar era algo mais orgânico, mais como carne. Eu acho que eu fui capaz de comunicar o que eu queria por causa desse meio, um mangá preto-e-branco! Eu posso livremente coisas que não poderiam nem ser feitas com efeitos especiais de Hollywood. Além da técnica do Kars, tem várias coisas que eu sinto que sou ajudado pelo mangá como um meio. Tanto antes quanto agora, eu nunca me esqueço o quão agradecido eu sou pelos mangás.
Finalmente, provavelmente tem alguns de vocês que acham que o Kars poderá voltar à Terra em algum ponto, mas como um criador, eu na verdade desenhei isso com a intenção dele nunca voltar novamente (risos). A frase sobre ele "decidir parar de pensar" foi algo que me veio naturalmente quando eu estava pensando sobre o que você faria se estivesse viajando pelo espaço e ficasse incapaz de voltar. O fato que dele não pode realizar seu desejo de voltar--não importa o quanto ele queira enquanto o tempo continua a fluir--talvez seja uma das piores punições possíveis para Kars o Ser Supremo. É por isso que, a menos que eu invente um motivo lógico para ele voltar, como ele talvez desevolvendo uma habilidade que age como uma bussóla, ou caíndo em outra civilização, aquela cena será sua última.
Q. Por que só o Kars recebeu um turbante?
A. É para mostrar seu poder e inteligência superior como o rei deles, também tendo joias. Se você comparar os Homens do Pilar aos Mito Komon, Kars seria o Komon-sama, enquanto Esidisi e Wamuu seriam Suke-san e Kaku-san, respectivamente (risos). É disso que veio meus desenhos para suas poses na Parte 2, Vols. 2 e 3. Eu o fiz nu da cintura para cima para contrastar com esse ar de inteligência.Volume 8 (Jotaro Kujo)
Clint Eastwood, quem eu amo e respeito como um ator, serviu de modelo para Jotaro. A famosa pose do Jotaro onde ele aponta seu dedo foi na verdade inspirada pelo Eastwood apontando sua .44 Magnum. Até mesmos detalhes como o bordão de Jotaro ser "mas que saco" são inspiradas de papéis que Eastwood interpretou, onde ele tinha frases como "Um assalto à banco? Você só pode estar de brincadeira…" É por isso que Jotaro parece um pouco mais "grosso" comparado a outros protagonistas da Jump. Joseph talvez seja mais fácil de se gostar numa perspectiva da Weekly Shonen Jump, mas Jotaro combina com a minha imagem de um herói perfeitamente.
Minha imagem de um herói é uma pessoa solitária. Oposto a alguém que faz a coisa certa procurando por compensação ou atenção dos outros, minha ideia de um herói é alguém que é um símbolo da justiça não-reconhecido. Tem vezes onde tomar o caminho certo leva à solidão. Eu também acho que heróis não deveriam estar no negócio de fazer amigos. Jotaro vai em sua jornada enquanto mantendo seus sentimentos guardados dentro de si porque ele é um "herói solitário." Ele não celebra de um jeito exagerado quando ele derrota um inimigo. Para ele, um "mas que saco" é mais do que o suficiente.
Jotaro se tornou grande o suficiente para funcionar como um sinônimo de JoJo como um todo. Eu na verdade baseei os JoJos subsequentes em seu design visual e os diferenciei por lá. Minha visão original de Jotaro era tê-lo viajando pelo deserto enquanto usando seu uniforme escolar, e com isso, coisas fantásticas e bizarras aconteceriam durante sua vida cotidiana. Além disso, não é o seu uniforme do dia-a-dia. Ele tem uma corrente no colarinho, dois cintos… Eu brinquei com o design dele bastante até eu conseguir algo que comunicava a quantidade certa de rebeldia. Falando de rebeldes adolescentes, você sabe como caras costumavam ter correntes nas calças, conectadas às suas carteiras? Eu desenhei Jotaro com sua corrente em seu uniforme primeiro (risos)! Vamos registrar isso também.
Q. Qual é o significado da pose do Star Platinum?
A. Ela representa o ponto de início da Parte 3-- a obra de Mitsuteru Yokoyama. O conceito de usar seu uniforme escolar no deserto tem suas raízes no Babel II do sensei Yokoyama. Se eu fosse desenhar a Parte 3 de novo, eu teria usado o Tetsujin 28-go do sensei Yokoyama como inspiração para os Stands, representando uma volta aos básicos.Volume 9 (Joseph Joestar)
Isso foi cinquenta anos após a batalha ocm os Homens do Pilar. Eu havia considerado deixá-lo no meio devido a sua idade, mas eu achei que deveria fazer o que eu sabia que aconteceria enquanto a serialização prosseguia. O primeiro papel que eu dei ao Joseph foi o de "navegador." Afinal, o que seria melhor que um JoJo anterior nos introduzir a família Joestar, DIO, o Hamon, e Stands, nos levando do arco do Hamon (Partes 1 e 2) para a Parte 3? No entanto, ele é o JoJo anterior, então eu tomei cuidado para não fazê-lo parecer o protagonista. Eu queria deixar claro que Jotaro era o protagonista da Parte 3, e eu também não queria que os leitores ficassem confusos. Felizmente, essa parte se passa cinquenta anos depois dos eventos da Parte 2, então eu pude fazer umas mudanças drásticas na sua aparência sem fazer parecer desnecessário (risos).
O Stand de Joseph, Hermit Purple, é mais uma habilidade de apoio, permitindo uma projeção psíquica visual e de aura. Memso ele tendo sido um protagonista antigamente, eu não dei a ele a habilidade ofensiva típica pelos motivos que eu mencionei antes--eu queria fazer sua habilidade combinar mais com seu papel como um "navegador." Um guia precisa de "linhas" que conectam ele pelo mundo para que ele receba informações. Eu fui inspirado pelas linhas de telefone ou cabos de redes. Se ele se conectar a uma câmera, ela gera uma fotografia; se ele se conecta a uma TV, ele gera vídeo--as vinhas de seu Stand representam a "linha" ou cabo físico conectando-no a elas. Adicionalmente, a forma das vinhas também tem haver com Joseph ser um usuário do Hamon.
Uma das coisas que eu queria fazer desde o começo de JoJo era visualmente expressar habilidades sobrenaturais. O Stand é uma sucessão do Hamon, e os dois vem do mesmo conceito, então com o Joseph reaparecendo na Parte 3, eu me perguntei como visualizar o Hamon em termos de um Stand. O Hamaon é enrgia vital que se espalha pelo corpo através de métodos de respiração. As vinhas são feitas para serem uma expressão visual explícita disso--literalmente se amarrando em volta de seu corpo. Se Jotaro e o resto da equipe usuária de Stand voltasse no tempo cinquenta anos antes, talvez você pudesse ver um Joseph mais jovem usando o ermit Purple.
Q. Por que o Hermit Purple é roxo?
A. O roxo é uma cor elegante. É fácil trabalhar com personagens mais velhos. Eu decidi isso após levar em conta os Joestars e suas cores associadas. Eu achei que roxo funcionaria melhor com o Joseph em seus sessenta em vez de alguém mais novo (risos).Volume 10 (Hol Horse)
I had planned from the beginning to have Kakyoin and Polnareff switch allegiances away from DIO to join the group, but I didn't plan this for Hol Horse. However, I don't think it would have been such a bad idea to have him join the group. Maybe I didn't because I love Westerns and it would have felt like a shame to remove the iconic “outlaw gunman” from the group somewhere along the way. I also liked his “why be number one when you can be number two” philosophy on life, which also carried on to Kira Yoshikage in Part 4. I drew him on a color title page like he was part of the crew, and I had him show up multiple times after his first appearance. However, my conclusion was that he would throw off the balance of the group if he were to join. As far as his character is concerned, both his looks and his personality overlap somewhat with Polnareff, and I felt that it would be difficult to work in his Emperor Stand as an ally.
The Emperor's motif is a gun, and I didn't add very many limitations based on how many could shoot or his firing distance. Unlike Mista from Part 5, who was only limited to six shots, Emperor is a Stand, including the gun itself... I figured as long as the user himself doesn't get tired, he could shoot as many bullets as he wanted, and as I kept going with it, it kind of got out of control. Also, the whole aiming and shooting at an enemy part overlaps with Kakyoin's Emerald Splash. In the end, I made the decision based on his character and ability to have him remain as an enemy, Additionally, I didn't have any more humans join the group after that. We had the cute little dog Iggy instead to assist the Joestar party. From a balance perspective, I was totally fine with that (laughs).
Q. Hol Horse parece muito o Gyro de Steel Ball Run!
A. Eles são conectados pelo fato de ambos serem foras-da-lei durões. Os dois dão aquela sensação de "velho oeste". Aumente isso um pouco mais e essa é a minha imagem do Gyro. Na época em que isso estava sendo serializado, eu talvez também tenha sido inspirado por outro pistoleiro fora-da-lei, o Cobra de Buichi Terasawa.Volume 11 (Velha Enya)
O mesmo vale para o seu Stand, Justice. Tem vários filmes de terror que lidam com um tipo de vírus desconhecido vindo do espaço e pondo a humanidade em perigo. Essa foi a inspiração pela qual eu fiz seu Stand "infectar" a cidade, e porque eu o fiz na forma de uma "nevoa." Isso é um pouco fora do assunto, mas eu considero o monstro de Frankenstein, lobisomens, e mumias os três maiores designs no mundo do terror. Eu acho que é absolutamente fantástico imaginar como você pode desenrolar uma parte das ataduras de uma mumia e ela vai continuar indo e indo. Eu desenhei o Stand, "Hanged Man" de seu filho J. Geil, baseado numa mumia, mas eu coloquei a essência de um sereio nele também. Tanto a mãe quanto filho são cidadões do mundo do terror, por completo.
Olhando para trás agora, Enya fica chocado com todos os meus aspectos favoritos do terror, então foi fantástico desenhá-la, até durante a serialização original. Mas eu ainda não tenho certeza se ela foi uma inimiga apropriada para um mangá shonen. É bem "aventuroso" fazer uma idosa ser uma antagonista contra a qual o protagonista tem de enfrentar, afinal. As classificações também não necessariamente subiram naquela época também (risos). Não importa o quanto eu goste dela pessoalmente, não há erro em dizer que a habilidade de comunicar sua força e terror como uma personagem apesar de ser uma idosa é algo único a JoJo devido a existência de batalhas de Stand. Eu falei sobre isso no Volume 2 da Parte 2 de JoJo enquanto discutindo sobre a Lisa Lisa, mas quando a Parte 2 estava sendo serializada, eu percebi que se você colocasse elemtnos sobrenaturais a força física exterior de mulheres de crianças não importariam mais. Stands usam o conceito do Hamon e levam-no à um novo patamar de representação visual. Apesar de ser "só uma idosa," ela pode usar seu Stand para disfarçar uma cidade inteira. Tanto a aparência da Enya quanto o conceito de seu Stand tiveram um impacto nos leitores. Mais uma coisa--eu acho que ter a força mental de controlar uma cidade inteira de cadáveres se igualaria bastante com o que seria necessário para parar o tempo.
Q. Por que um Stand inimigo se chama "Justice"?
A. Eu gosto que ele te faz se perguntar o que a "justiça" realmente é. A "justiça" é uma coisa subjetiva, afinal de contas. A Enya está na capa desse volume, então eu coloquei bastante detalhe nesse desenho, incluindo as rugas no rosto dela. Seus olhos parecem mais amigáveis que o normal, mas bem...ela é a "garota da capa" desse volume (risos).Volume 12 (Noriaki Kakyoin)
Kakyoin is the Japanese main character in Part 3 other than Jotaro, but I didn't really think about his nationality much. His name is much more interesting. I always come up with first and last names together. I took his last name, "Kakyoin," from an area in Sendai, where I'm from. Whenever I went to Sendai Station, I would always pass through there, so it was a very familiar name to me. I gave him the following kanji for his last name: 典明. Kanji can be read in different ways, and while canonically this is read as Noriaki, I had always read it as Tenmei. You can see this in the hotel log where he signs his name (see the last volume). I spent a lot of time considering the sound and the balance of the kanji characters for the main character, Jotaro Kujo, but my editor had a "Noriaki" join the Joestar party instead (wry laugh). I was pretty shocked when I first saw that in the graphic novel release, but I justified it as that maybe his parents named him "Tenmei," but his friends called him by a different reading of the same kanji, "Noriaki"--a relatively common thing to happen with kids.
I didn't really pay much mind to the fact that he was of Japanese nationality, but I did have him act as a foil to Jotaro. I had him be Jotaro's first real opponent in a Stand vs. Stand battle so that I could visually convey the concepts for both short-range and long-range Stand abilities to the reader. I thought making Kakyoin's Hierophant Green able to stretch itself out like a rope as a long-range type would contrast nicely with Star Platinum, making it easy to understand how they differ in action. I had lots of ideas for long-range attacks, but I wanted to keep things from getting too far out of control by having Stands need to "stand" near where the action was happening.
I didn't get too many chances to actually show this, but Kakyoin goes to the same high school as Jotaro. While they're not super close on their journey, they do have a nice friendship, and I wonder what might have happened had they not had Stands in common. They might not have become friends (laughs). I have a feeling that Kakyoin would have been better friends with Josuke from Part 4.
Q. Did you ever consider making him wear something other than a gakuran (Japanese school uniform) to distinguish him from the main character?
A. Kakyoin's well-tailored gakuran gives him the feel of being an honor student. Meanwhile, Jotaro's loose-fitting gakuran fits with him being a delinquent. You can distinguish characters like that even though they might be wearing the same outfit. I think the accessories I gave Jotaro helped distinguish him as well.
Volume 13 (Muhammad Avdol)
Eu o pus fora de comissão por um tempo enquanto o grupo estava na Índia. EU fiz isso porque eu nunca quis que os leitores se entediassem ou ficassem complacentes com os eventos acontecendo, então eu quis injetar um pouco de realidade lá fazendo alguém ser sacrificado. de vez em quando. Eu também estava apaixonado por escrever capítulos onde um aliado é perdido. Mas no final, como você sabe, eu não estava planejando fazê-lo desaparecer por muito tempo... A coisa é que, eu pensei que era meio chato fazer alguém que acabou de morrer voltar à vida imediatamente, então eu quis criar um bom motivo, assim como um lugar apropriado para reintroduzi-lo. Quando eu estou trabalhando em JoJo, eu tento não me preocupar com as pequenas coisas. No final, eu o trouxe bem antes do grupo chegar ao Egito, mas naquela época, eu não tinha planos específicos sobre quando eu o traria de volta. Eu só escrevi o que me parecia natural na época.
Olhando para trás agora, eu provavelmente deveria ter dado ao Avdol uma parte na qual ele tinha um papel mais primário na história, especialmente dado o fato de que eu o tirei de comissão por um tempo. É claro, isso foi tudo em retrospectiva após ter terminado a história. Na época em que a Parte 3 estava em serialização, talvez tivesse parecido uma grande "aventura" fazer a história focar no Avdol (risada humorosa). Se nos tivessemos uma enquete de popularidade na época, eu duvido que ele teria ficado no topo. Tudo que os leitores queriam era mais batalhas com o Jotaro. Além disso, seu Stand, Magician's Red, foi difícil de desenhar. A habilidade de controlar o fogo é bastante comum em mangás, assim como em filmes, mas no final, eles só queimam coisas e só. Se você jogar muito solto, como uma habilidade, isso pode quebrar o equilíbrio. Depois de escrever JoJo, eu acho que "fogo" e "veneno" são duas habilidades que eu estou feliz em colocar atrás de uma fechadura e uma chave.
Se eu tivesse que escrever uma porção da história centrada no Avdol, eu acho que teria sido uma história sobre sua origem com sua família--em particular, o relacionamento com seu pai. Talvez acabasse sendo uma história madura de mais para a Weekly Shonen Jump (risos).
Q. O Avdol ficou mais novo?!
A. Ele na verdade devia estar no final dos seus vinte anos. Ele é mais novo do que você esperava! Ele pode parecer mais velho que isso, mas se você perguntar a idade de alguém que esteve no exercito, sempre te surpreenderá o quão jovem eles são, não é? A experiência dá uma aparência madura aos homens.Volume 14 (Daniel J. D'Arby)
Eu vejo apostar como algo onde você aposta sua própria alma e orgulho como parte do processo. Para mim, o dinheiro e fichas que você usa em um casino de verdade são só representações da sua alma. Então eu senti que seria natural fazer o D'Arby pegar as almas de seus oponentes assim que eles perderem. Bem, o fato de que eu posso retratar isso da maneira que eu fiz foi tudo graças ao conceito de Stands (risos). Até onde as apostas importam, você só pode vencer ou perder--não tem nada entre isso. Com D'Arby como o único desafiante, eu quis dá-lo a força mental e perspicácia estratégica para dar dificuldades ao Jotaro, assim como poder causar um pouco de medo.
Eu fiz o D'Arby enfrentar o grupo Joestar de maneiras diferentes. Eu gosto de inventar ideias para apostas porque você pode transformar quase qualquer coisa em uma aposta. Apostas envolvendo animais são particularmente interessantes para mim. É difícil prever o que eles farão, então funciona como uma aposta. Eu gosto de situações onde não parece possível trapacear, mas talvez elas sejam de algum jeito. Também é importante que a aposta pareça combinar com JoJo. Pôquer é bastante popular, então eu presumo que muitos de vocês tenham jogado antes, mas o ponto principal para vencer é aperfeiçoar o "blefe." Não é bem um jeito garantido de vencer a batalha, e mais uma batalha de astúcia entre você e seu oponente, testando o quanto você pode enganá-los com apenas o tamanho dos seus colhões, então eu acho que foi apropriado para o confronto final entre Jotaro e D'Arby. Eu realmente gostei de desenhar a batalha do D'Arby, então eu introduzi seu irmão mais novo, Telence, antes da batalha final contra o DIO. Eu não queria dar aos leitores mais uma partida de pôquer, então eu fiz com que eles jogassem vídeo-games em vez disso. Vídeo-games tem todos os tipos de gêneros, como baseball ou corrida, então eu tive várias ideias com as quais brincar, assim como com o tema de apostas.
Olhando para trás agora, eu acho que introduzir os irmãos D'Arby e os irmãos Oingo Boingo na Parte 3 separou JoJo dos outros mangás, porque isso permitiu com que eu adicionasse tudo isso de variação nas batalhas. A batalha de apostas do Jotaro e o D'Arby levou à batalha de dados do Josuke e do Rohan na Parte 4, e em JoJolion, que está sendo serializado agora, a batalha de beosuro de Josuke e Jobin. Batalhas em JoJo podem ser tanto pancadaria quanto batalhas de astúcia. Eu acho que a batalha do D'Arby tenha sido o ponto inicial disso.
Q. Quem foi transformado em fichas de alma?!
A. Polnareff, Joseph, Kakyoin e Avdol. Só desenhar duas não pareceu o suficiente, e não faria sentido desenhar personagens que não tinham a haver com essa parte da história, então eu adicionei Kakyoin e Avdol aqui como um bônus especial. Olhand oara esses, você pode facilmente imaginar uma história onde Jotaro salva todos eles.Volume 15 (Iggy)
Assim como com Polnareff e Kakyoin, eu não planejei originalmente que Iggy se juntasse ao grupo Joestar. Eu também não dei um Stand ou carta de tarô a ele inicialmente. Eu sinto que o The Fool é perfeito para o Iggy, mas na época, era a última carta que eu tinha fora o The World. Além disso, eu estava considerando fazer o The Fool ser um inimigo em vez disso. As coisas meio que acabaram funcionando do jeito que funcionou, mas dado o quanto eu amo o design do The Fool, é meio louco que ele acabou sendo o único restante para mim dar.
Quando eu crio Stand, eu muitas vezes tiro inspiração de artefatos como roupas, máscaras, e bonecos de povos indígenas. Assim que eu fundo esse aspecto com algo biológico ou mecânico, ele dá num design realmente único. Originalmente, eu imaginei os Stands como sendo algo inorgânico dado poder pela força vital, então faz sentido que muitos de seus designs são fusões entre seres vivos e máquinas. O design to The Fool começa como um cão, e então adiciona uma máscara nativo-americana e os pneus de um carro. Eu acho que o The Fool realmente representa meu design ideal para um Stand.
Eu realmente gosto de olhar enciclopédias animais e livros de referência, mas Iggy foi o rpimeiro animal que eu coloquei em um papel principal em um mangá. Foi a primeira vez que eu fiz uma batalha também, então eu usei o Ginga: Nagareboshi Gin do sensei Yoshihiro Takahashi de referência. O quanto mais eu desenhava o Iggy, mais eu me encontrava me tornando um amante de cães. Eu realmente pensei em pegar um Boston terrier, a raça do Iggy, mas eu desisti, já que dado meu trabalho, seria difícil cuidar de um cachorro. Mas se eu tivesse que pegar um, eu acho que eu realmente adoraria jogar frisbee com ele. Eu acho que não pegaria um chihuaha ou um poodle então, já que eles não parecem que gostariam de brincar disso comigo (risos).
Q. Pneus são a parte inferior do The Fool. O que inspirou isso?
A. Carro de corrida da Fórmula Um. A Shonen Jump estava patrocinando um time de Fórmula Um quando isso estava sendo serializado. Eu os via muito na revista. Não é como se o The Fool fosse um Stand super veloz, mas era relevante na época, então eu coloquei ali.Volume 16 (Jean Pierre Polnareff)
Por exemplo, quando ele está com Jotaro ou Joseph, eu poderia fazê-lo dizer tanto frases bobas quanto frases sérias, tornando ele um personagem muito versátil de se usar. De problemas relacionados a banheiros a armadilhas postas por Stands inimigos, Polnareff é o primeiro do grupo a encará-los. Não seria tão divertido se fosse o quieto Jotaro no seu lugar. Como tal, naturalmente, Polnareff precisou fazer mais aparições. Polnareff é direto e um pouco de um idiota comparado ao Kakyoin ou o Avdol, o que permite com que ele acabe em todos os tipos de peripécias. Como tal, ele talvez tenha uma vantagem em relação a quanto ele apareceu na obra. E também, da minha perspectiva como um artista, ele também tinha de longe a silhueta mais memóravel dentre os bonzinhos. Eu usei modelos estrangeiras como referências para o seu cabelo. Eu meio que desenhei como o cabelo do Stroheim da Parte 2, só que para cima.
Mais aparições na história significa mais lutas para se participar. Devo, J. Geil, Alessi, Vanilla Ice..ele acabou lutando muitos dos capangas de DIO, todos com habilidades muito diferentes. Quando isso estava sendo serializado, eu sempre estava escrevendo essas lutas com a intenção de que o Polnareff poderia perder e encarar a morte à qualquer momento. Como no filme Sete Homens e um Destino, eu queria que o leitor nunca soubesse quem sobreviveria até o fim--para passar pela emoção de vidas estarem em risco--e eu acho que suas lutas definitivamente tinham isso nelas. Eu acho que é porque ele passou por tantas situações de vida-ou-morte que eu sinto que ele cresceu mais durante o caminho. Por final, para a origem por trás de seu nome, Jean P. Polnareff: meus três franceses favoritos são os atores Alain Delon e Jean-Paul Belmondo, e o músico Michel Polnareff, então naturalmente, eu me inspirei em seus nomes. O personagem é francês, então naturalmente, seu nome teria de ser Jean. P.! Agora também tem o chocolateiro famoso, Jean-Paul Hévin, então eu penso o mesmo, até agora.
Q. Ele não tem um casaco normalmente. Por que ele tem um agora?
A. Eu imaginei ele como um super-modelo ou uma estrela do rock. Sua roupa original era bem simples, e bem, ele vai estar na capa então porque não vesti-lo para isso? E também, o motivo do Silver Chariot ser roxo é porque é coordenado com a roupa do Polnareff.Volume 17 (DIO)
Qual é o destino que DIO tem de encarar? Não é um confronto com Jotaro, o descendente de Jonathan. É algo invisível para o olho que jaz atrás de sua linhagem. É o que dá aos Joestars e seus aliados, o Hamon, Stands, e sua estranha sorte... é o que eu defini como o "destino" dos Joestars, e em vez disso, o que DIO é destinado a fazer é esmagar isso e ultrapassá-lo. Como tal, ele não vê o próprio Jotaro como seu arqui-inimigo—em vez, DIO só o vê como um obstáculo para ultrapassar para cumprir seu destino após seu sono de cem anos. No final, DIO não conseguiu conquistar seu objetivo, mas é divertido imaginar como seria se ele conseguisse derrotar Jotaro. Eu tenho certeza de que ele teria derrotado qualquer um que ele pensaria ter o potencial de desafiar sua posição no topo da cadeia alimentar. Mesmo depois de derrotar Jotaro, talvez outra pessoa herdaria sua vontade. Afinal, DIO já havia passado por isso antes. No entanto, DIO é mais do tipo reacionário, então ele provavelmente teria continuado a ficar no Egito e esperado que suas presas viessem até ele.
Eu estivesse trabalhando com o personagem de DIO desde a Parte 1, então eu muitas vezes me colocaria no seu lugar e me imaginaria como um vampiro. Aqueles que usam a máscara de pedra tem de tomar as vidas de outros para continuarem vivendo. Durante a parte em que DIO está perseguindo Joseph e Kakyoin, eu escrevi uma cena onde ele usa um momento para se maravilhar com a existência de carros. Deveria-se ser um vampiro imortal para passar por algo assim, então eu me encontrei me sentindo com um pouco de inveja dele. Se você dormir o suficiente, por exemplo, você veria um pais instantaneamente mudar de uma monarquia para uma sociedade democrática—experiências que a pessoa média nunca teria. Desde que você tenha humanos para se alimentar e você se mantenha em uma boa saúde, eu acho que seria bem divertido. Será que vampiros ficam doentes pra começo de conversa? (risos)
Falando no DIO, eu nunca esquecerei como meu editor repentinamente acabou no hospital bem quando DIO e Jotaro estavam no meio de sua batalha final. Eu me lembro de ter entrado em pânico porque a Parte 3 estava rapidamente se aproximando de seu final, e não era como se eu pudesse parar e esperar por ele! Ele sempre me daria conselhos realmente bons e específicos em coisas como designs de Stands. "Esse é muito parecido com algo que você já fez, então tente diferenciar suas silhuetas um pouco mais." Foi duro trabalhar sem ele. O que é? Se ele deu dicas para o design do The World de DIO? Hmm... Não tenho certeza sobre essa (risada irônico).
Q. Você já desenhou o DIO pelado para a Parte 1. Por que fez de novo?
A. Faz ele parecer mais um deus grego ou romano. Nas Partes 1 até a 3, além de DIO, há outros exemplos de mim desenhando outros personagens assim, como os Homens do Pilar. No entanto eu parei de fazer tanto depois de ter mudado o ambiente para ser mais perto de casa da Parte 4 para frente.